Política

Governo retoma ações para estimular industrialização do pescado

Mato Grosso detém cerca de 12% da produção de pescado de água doce no Brasil e ocupa o segundo lugar no ranking nacional da atividade, conforme dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). O alto potencial hídrico e a liderança na produção de grãos, que é a base na alimentação dos peixes, são pontos fortes que podem colocar o estado como maior produtor de pescado do País nos próximos anos.

Para acelerar esse processo de liderança na atividade, o Gabinete de Desenvolvimento Regional do Governo do Estado retomou no segundo semestre deste ano diversas ações para estimular a produção e processamento de peixe. E o resultado dessa política de incentivo começa a aparecer.

Será inaugurado em fevereiro de 2016, em Campos de Júlio, o primeiro mini frigorífico de peixes da região noroeste de Mato Grosso. O empreendimento ocupa uma área de 216 m² e terá capacidade de processar mensalmente de 10 a 15 toneladas de peixes das espécies tambaqui e pintado.

De acordo com os proprietários Juliano de Azevedo Costa e Marineuza da Costa Sampaio, serão empregadas 10 pessoas, as quais ficarão responsáveis por fazer a escamação, a evisceração, cortes e o processamento da posta, filé e polpa de peixe. “Infelizmente todo o pescado que iremos processar é de Rondônia, porque não há nessa região quem produza em grande quantidade para nos atender”, lamenta Juliano.

Com investimentos no valor de R$ 200 mil, o novo mini frigorífico irá fornecer peixe para ser utilizado na merenda escolar da rede municipal de Sapezal, Nova Lacerda e Campos de Júlio. “Serão nossos clientes também fazendeiros, usineiros, supermercadistas e sociedade em geral”, acrescentou o comerciante, que em 2014 abriu uma peixaria em Campos de Júlio e percebeu que havia na região uma grande demanda por peixe congelado.

A expectativa é que a empresa atenda futuramente a merenda escolar da rede estadual. “A ideia é estender para as nossas escolas do Estado e com isso mostrar ao pequeno produtor de peixes que ele pode investir na área, que terá demanda”, afirmou o secretário-adjunto de articulação e desenvolvimento regional, Antônio Carlos Paz, que juntamente com a cooperativa Redecoop forneceu ajuda técnica para a abertura da nova empresa.

“Ainda estamos treinando os funcionários e realizando testes nos equipamentos para que dê tudo certo no dia da inauguração”, completou Juliano Costa.

Incentivos

Para 2016 a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) prevê a oferta de linhas de crédito para a produção de peixe e a agricultura irrigada. Esses dois setores serão prioridades no orçamento do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO/Rural) para próximo ano.

Cada segmento terá até 20% dos financiamentos a serem liberados. Já o Gabinete de Desenvolvimento Regional estuda criar uma linha de crédito no programa MT Fomento para atender os piscicultores.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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