De acordo com números divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (28), o Governo Central teve déficit primário de R$ 21,27 bilhões em novembro. Este é o pior resultado verificado desde o início da série histórica, em 1997.
Os números novamente mostram um descompasso entre despesas e receitas, em meio ao cenário recessivo. Anteriormente, o maior rombo (de menos R$20,4 bilhões) havia sido registrado em setembro de 2014.
Para meses de novembro, o pior resultado era referente ao ano passado, no valor de R$ 6,65 bilhões. Ou seja, o rombo do mês passado foi mais do que três vezes superior ao maior déficit registrado, até então, para os meses de novembro.
Para tentar melhorar o desempenho das contas públicas neste ano, o governo subiu tributos sobre combustíveis, automóveis, empréstimos, importados, receitas financeiras de empresas, exportações de produtos manufaturados, cerveja, refrigerantes, cosméticos e folha de pagamentos. A alta da tributação sobre a folha começa a valer, porém, somente em 2016.
O governo também limitou benefícios sociais, como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, o abono salarial e a pensão por morte, medidas já aprovadas pelo Congresso Nacional.