Nacional

Governo pede que Anatel evite abusos no limite da banda larga

O Ministério das Comunicações encaminhou um pedido para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adotar medidas que façam as operadoras de telefonia respeitar os direitos dos consumidores de banda larga fixa e cumprir os contratos vigentes.

No documento, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, afirma acompanhar com preocupação notícias de que as operadoras vão acabar com os planos ilimitados de transferência de dados da banda larga fixa para passarem a limitar as conexões como já fazem na telefonia móvel.

"Nós sabemos que existe uma previsão regimental da possibilidade de limitar essa franquia, mas contratos não podem ter uma alteração unilateral. A Anatel precisa tomar ações que protejam o usuário", disse Figueiredo em comunicado à imprensa.

O ministro não citou o nome de nenhuma operadora, mas as principais empresas de banda larga fixa do país são Telefônica Brasil, que atua sob a marca Vivo; Telecom Americas, que atua sob as marcas Claro e Net, e Oi.

A polêmica surge no momento em que Anatel e Ministério das Comunicações debatem novas regras para mudanças no modelo de telefonia fixa no país para dar ênfase à ampliação do acesso à banda larga. A discussão também ocorre após a Telefônica Brasil concluir no fim de março a incorporação da operadora de banda larga GVT, que a partir desta quinta-feira passa a adotar a marca da Vivo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os contratos que preveem desconexão da internet após o usuário atingir o limite da franquia são ilegais, violando o Marco Civil da internet brasileira.

Questionado sobre o teor do comunicado do Ministério, o presidente do conselho diretor da Anatel, João Rezende, afirmou após reunião do grupo nesta quinta-feira que a agência vai analisar o assunto antes de dar uma resposta à sociedade.

"Não existe viés político, trata-se de uma questão técnica. O Ministério está externando à Anatel uma preocupação para que se olhe todos os impactos de futuras decisões a respeito do assunto. Vamos analisar isso", afirmou Rezende.

* Com informações da Reuters.

Fonte: iG

Redação

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