A partir de agora, o desenvolvimento da cadeia produtiva do nióbio passa a contar com incentivos federais. Para isso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) criou o Programa InovaNióbio, com foco no uso e aplicações do nióbio em óxidos, metais, ligas em materiais e produtos de alta tecnologia. Com isso, o Governo Federal pretende promover a inovação na indústria brasileira, dinamizar a economia, especializar os mercados e assegurar a autonomia tecnológica do país em setores de alta tecnologia.
A portaria que cria o Programa InovaNióbio foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (24/06).
O nióbio é um metal de transição usado em inúmeras aplicações de alta tecnologia, como carros, estruturas de edifícios e pontes, turbinas de avião, aparelhos de ressonância magnética, marcapassos, sondas espaciais, foguetes, tubulações de gás, componentes eletrônicos e baterias.
O InovaNióbio vai fazer a gestão e coordenar os esforços do Governo Federal em pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo envolvendo o nióbio. O programa também vai estimular o desenvolvimento e a transferência de conhecimento, de novas tecnologias e de modelos de negócios entre as instituições de pesquisa e os setores público e privado. A ideia é que todos esses segmentos trabalhem de forma coordenada no desenvolvimento de processos, produtos, instrumentação, normatização, certificação e inovações na cadeia produtiva do nióbio.
O InovaNióbio vai, ainda, promover e estimular a formação e capacitação de pessoas para atuarem em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo envolvendo o metal.
O Brasil é considerado o maior produtor de nióbio do mundo, com cerca de 90% da produção mundial.
Em outubro do ano passado, foi realizada, em Campinas, interior de São Paulo, a 1ª Feira Brasileira do Nióbio, onde foram apresentados os produtos desenvolvidos pelas empresas em conjunto com universidades. Na ocasião, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração assinaram um acordo de cooperação e pesquisa tecnológica para acelerar o desenvolvimento de tecnologia de alta performance e de materiais supercondutores usando o nióbio.