Homem caminha em frente à sede do Federal Reserva em Washinton, DC (Foto: REUTERS/Jonathan Ernst)
Os Estados Unidos deverão manter uma expansão moderada em 2016 e 2017, segundo estimativas da Casa Branca divulgadas nesta terça-feira (9) no projeto de orçamento.
O crescimento do PIB será de 2,6% em 2016 e 2017, enquanto a taxa de desemprego cairá este ano a 4,7%, e a 4,5% em 2017, projeta o governo norte-americano.
As previsões vão ao encontro das do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas são mais otimistas do que as do Federal Reserve, que espera um crescimento de 2,4%, igual ao do ano passado, para 2016, e 2,2% para 2017.
A Casa Branca admite que o ritmo de crescimento econômico é bastante modesto, apesar de considerar que os Estados Unidos têm a economia "mais forte e duradoura do mundo". O governo advertiu que "a fragilidade da Europa e dos países emergentes pode pesar no crescimento dos próximos anos".
O documento cita, principalmente, a desaceleração da economia da China e a contração econômica em Brasil e Rússia.
O orçamento prevê uma inflação em alta a 2,1% em 2017, o que é um objetivo do Fed, após um nível inflacionário de 1,5% em 2016 e 0,1% en 2015.
O déficit orçamentário, que havia caído a 2,5% do PIB em 2015, deveria aumentar a 3,3% do PIB em 2016 e 3,2% em 2017. Se for confirmada esta orientação, o déficit chegará a 5% do PIB em 2026, devido ao envelhecimento da população e ao conseguinte aumento dos gastos com saúde.
Se forem levadas em conta as reformas orçamentáriass propostas pelo governo Obama (reforma de impostos, taxas ao petróleo, impostos sobre ganhos financeiros, entre outras), o déficit não deverá superar 2,6% do PIB em 2017, nem 2,8% em 2016.
O orçamento para o ano fiscal de 2017, que começa em 1º de outubro, parece mais uma declaração política do que um documento de trabalho, uma vez que tem chances mínimas de ser aprovado no Congresso, controlado pela oposição, republicana.
Fonte: G1