O Governo de Mato Grosso descartou possibilidade de reajustar o salário dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) neste ano. Por meio de nota, o Poder Executivo se explicou, afirmando que a equipe econômica e a Casa Civil estão medindo esforços para manter a folha de pagamento em dia e que a última negociação com a categoria “passou pela margem que foi consumida na Revisão Geral Anual (RGA) com todas as categorias”. Os servidores deflagraram greve no estado nesta segunda-feira (11) e apenas 30% dos serviços serão mantidos.
“O Governo do Estado esclarece que toda a margem de aumento foi consumida na negociação para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), construída em conjunto com os sindicatos e a Assembleia Legislativa”, disse trecho da nota.
Todavia, o governo não deixou de citar a crise econômica com um dos principais entraves que a atual gestão enfrenta. Mas, destacou que está buscando solução imediata para resolver o imbróglio com os servidores do órgão.
“Em meio à crise econômica que afeta as contas públicas, o Governo do Estado, não tem condições, neste momento, de conceder novos aumentos ao salário dos servidores do Detran. Entretanto, os esforços da equipe econômica e Casa Civil seguem no sentido de encontrar uma solução”, remete a nota.
Em contrapartida, ao Circuito Mato Grosso, a presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran), Daine Renner, argumentou que diversos acordos vem sendo descumprindo desde a última tentativa, com data, inclusive, sugerida pelos próprios representantes.
“Na realidade estamos a oito meses tentando uma negociação. Todas as discussões técnicas, levantamento de dados, tudo que foi necessário, foi decidido nesse período e por fim o governo não se manifestou com uma resposta ao pleito da categoria e solicitou prazo por quatro vezes para nos apresentar”, rebateu a presidente.
Além disso, no dia 17 de agosto a classe já havia feito paralisação geral exigindo melhorias e condições trabalhistas, visando aumento nas unidades e reajustes salariais, data em que o governador Pedro Taques e o secretário José Adolpho da Casa Civil, se reuniram com os sindicalistas na intenção de apresentar contraproposta em curto prazo, mas sem sucesso com explica Renner.
“Na nossa paralisação no dia 17 de agosto ele [governo] se comprometeu em apresentar uma proposta para o sindicato até o dia 5 de setembro e esse prazo passou, sem que o governo se apresentasse, ou seja, mais um prazo descumprido”, alega.
Segundo informou a assessoria do Detran, 30% do efetivo será mantido em todas as undiades do estado, como determina a Lei 7783 de 1989 do inciso VII como estabelece a Constituição Federal.
Na tarde desta segunda, os servidores se reuniram em frente ao órgão alegando problemas salariais junto ao estado.
Leia na íntegra a nota do governo:
O Governo do Estado também apresentou à Assembleia Legislativa a PEC do Teto de Gastos, que possibilitará melhoria nas contas públicas estaduais, beneficiando também os servidores da administração.
“Em meio à crise econômica que afeta as contas públicas em Mato Grosso, o Governo do Estado, não tem condições, neste momento, de conceder novos aumentos ao salário dos servidores do Detran. Entretanto, os esforços da equipe econômica e Casa Civil seguem no sentido de encontrar uma solução para a questão apresentada pelo sindicato da categoria.
O Governo do Estado esclarece que toda a margem de aumento foi consumida na negociação para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), construída em conjunto com os sindicatos e a Assembleia Legislativa. Além disso, o Estado continua fazendo novos cortes de gastos para manter o pagamento dos salários em dia, inclusive, pagando de forma integral todos os reajustes anuais dentro do planejamento apresentado aos servidores.
O Governo do Estado também apresentou à Assembleia Legislativa a PEC do Teto de Gastos, que possibilitará melhoria nas contas públicas estaduais, beneficiando também os servidores da administração.
Por fim, o Governo do Estado lamenta a greve dos servidores do Detran e destaca a disponibilidade de continuar as negociações com a categoria.