O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou reajuste salarial de 3,5% a servidores do Estado. É a primeira correção salarial neste mandato a beneficiar todas as categorias, especialmente professores, que receberão 7%, e policiais, 4%.
O impacto do reajuste será de R$ 2,4 bilhões no orçamento de 2018, incluindo aposentados e pensionistas. O projeto de lei será encaminhado pelo governo à Assembleia em 1º de fevereiro, quando a Casa retomará os trabalhos, e terá efeito retroativo quando aprovada.
Alckmin admitiu a defasagem salarial, que atribuiu à queda de arrecadação dos últimos três anos. Segundo ele, o aumento não compensa a inflação acumulada no período, mas é um esforço de recuperação. De 2015 a novembro de 2017, a inflação acumulada foi de 20,7%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado na correção salarial.
Aliado do governo, Coronel Camilo (PSD) diz que "qualquer valor de reajuste é bem-vindo", mas que os 4% recompõem a diferença salarial apenas do último ano.
Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP), diz que a defasagem é de 24%, em comparação a agosto de 2014.