O presidente da Bolívia, Evo Morales, em foto de 22 de fevereiro (Foto: AP Photo/Juan Karita, File)
O governo da Bolívia decretou nesta segunda-feira (21) "situação de emergência" devido à seca que atinge o país, a pior nos últimos 25 anos, que provocou interrupções no abastecimento de água em sete das dez principais cidades do país.
"Aprovamos um decreto no gabinete de ministros" para "declarar situação de emergência nacional, devido à presença de seca e de déficit hídrico em diferentes regiões do país", afirmou o presidente boliviano, Evo Morales, após a reunião na sede do governo.
O decreto permitirá ao poder Executivo, aos governos regionais e às prefeituras "a mobilização de recursos econômicos para atender a um direito humano, que é a água", disse Morales.
O presidente avaliou, junto aos seus colaboradores, a escassez e o racionamento de água nas cidades de La Paz, na vizinha El Alto, em Cochabamba (centro), Sucre (sudeste), Tarija (sul), Oruro (oeste) e Potosí (sudoeste).
Em La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo, o racionamento de água afeta cerca de 340.000 pessoas, quase a metade dos 800.000 habitantes da cidade, há mais de duas semanas.
A empresa estatal de água Epsas informou que as interrupções no abastecimento serão ampliadas para outras zonas da cidade, e o tempo de distribuição será reduzido para três horas a cada três dias.
Alguns bairros estão sendo abastecidos apenas com caminhões-pipa facilitados pela Epsas e pela prefeitura de La Paz.
A escassez de água gerou nos últimos dias protestos nas ruas de La Paz, bloqueios de vias em Cochabamba e ameaças de confrontos entre camponeses e mineiros pelo uso de aquíferos em Potosí.
Fonte: G1