Cidades

Governo contrata empresa de consultoria por R$3,8 milhões

Foto Andréa Lobo / Arquivo CMT

O secretário de Cidades Eduardo Chiletto aprovou a contratação da empresa KPMG consultoria, pelo valor de R$ 3,8 milhões. A empresa deverá fazer uma auditoria que definirá os rumos das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Este foi o resultado do certame que circulou no Diário Oficial do Estado, desta quarta-feira (14).

A contratação da empresa obedece a uma decisão do juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ciro Arapiraca, que suspendeu por quatro meses o contrato e o aditivo para a retomada das obras. 

A nova empresa deverá ‘realizar serviços de verificação independente da estimativa de termino atual da implantação do VLT, bem como a elaboração dos estudos tarifários, modelo operacional ideal e de viabilidade econômico-financeira e estruturação do projeto VLT de Cuiabá a Várzea Grande’, diz trecho da publicação.

Os prazos para os primeiro relatório não deverão ultrapassar 45 dias após o início dos estudos. Já a análise final tem prazo de 120 dias para ser concluída e entregue ao Estado.

VLT

A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), licitada por R$ mais de 1,4 bilhão, segue sendo um dos grandes entraves para o Governo. O projeto deveria ter sido concluído e entregue até março do ano passado, mas o consórcio responsável não deu continuidade aos serviços, alegando falta de pagamento. Ainda não se sabe como será o desenrolar do caso, que segue à mercê da Justiça. 

O VLT visa atender 160 mil pessoas/dia, com 40 vagões e 22 quilômetros de trilhos. A obra envolveu 2500 trabalhadores e, de acordo com os empresários, 75% do contrato já foi cumprido, tendo recebido até o momento R$ 1,066 bilhão. 

A apresentação do consórcio informou ainda que foram concluídas 56% das obras, 65% dos sistemas de funcionamento já foram instalados, 98% dos vagões foram adquiridos e 68% do projeto está concluído, dentro do que prevê o contrato. Isto porque foi aplicado o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que não exige a apresentação do projeto executivo antes do início da obra.

O VLT deveria ter sido entregue em junho de 2014, antes mesmo do início dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá. Entretanto, os sucessivos atrasos levaram o governo a fazer um aditivo prevendo o término para 31 de dezembro do mesmo ano. Mas, as obras foram paralisadas antes mesmo deste prazo. A nova gestão do Estado discute a questão na Justiça, visto que o consórcio construtor cobra, pelo menos, R$ 800 milhões para a finalização da obra. 

 

Ulisses Lalio

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