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Governo Bolsonaro aprova uso da Rouanet para mercado de armas

O governo aprovou pelo menos R$ 336 mil em verbas públicas para uso na produção de um livro sobre a história das armas no Brasil, por intermédio da Lei Rouanet. O financiamento é da fabricante de armas Taurus, a única apoiadora do projeto até o momento, que está autorizado a captar o máximo de R$ 421 mil.

De acordo com dados do portal da Rouanet, o livro "Armas & Defesa: A História das Armas no Brasil" terá tiragem de 3.000 exemplares e também uma edição eletrônica gratuita e versará sobre os marcos da história armamentista no país, dos povos indígenas até o século 21, apresentando artefatos e objetos utilizados como armas de defesa e caça.

A informação foi revelada pela Agência Pública nesta terça (19) e aparece no momento em que um vídeo do ex-chefe da Lei Rouanet, o ex-PM Andre Porciuncula, veio à tona. No vídeo, ele incentiva a utilização de recursos públicos para projetos de cunho armamentista, como eventos e produtos audiovisuais. Junto a ele, o então secretário especial da Cultura, Mario Frias, defende o armamento da população de forma geral.

Ainda de acordo com o projeto do livro, haverá cinco palestras presenciais, transmitidas também online, sobre o seu conteúdo. O público deve ser composto de ao menos 50% de estudantes e professores de escolas públicas com mais de 18 anos. O projeto deixa claro que não será exigido comprovante de vacinação contra a Covid ou qualquer outra medida sanitária que possa restringir a participação do público.

Este é o primeiro projeto pró-armas que a Taurus apoia e o quarto a que mais destinou verba, segundo dados do portal da Rouanet. A empresa financiou ao todo sete iniciativas, dentre as quais atividades para um memorial do Holocausto no Rio de Janeiro e um projeto de oficinas de música e artes visuais para pessoas em situação de vulnerabilidade social, também na capital carioca.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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