O Governo de Mato Grosso deve elaborar, em um prazo de 15 dias, uma proposta para contemplar o pedido de revisão salarial dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O pedido feito pelo sindicato da categoria, Sinetran-MT, e apresentado nesta terça-feira (15.08) à Casa Civil representaria um impacto no valor de R$ 138,1 milhões no orçamento anual do Estado.
O impacto financeiro nas contas do Governo com a proposta de reajuste salarial dos servidores ativos, aposentados e pensionistas do órgão foi calculado pela Secretaria de Estado de Gestão (Seges). Devido à grave realidade econômica que o país enfrenta e a necessidade do Governo do Estado em assegurar os serviços essenciais à população, a Casa Civil constatou ser inviável atender ao pedido da categoria neste momento.
O secretário adjunto de Ação Governamental da Casa Civil, Carlos Brito ressaltou que a administração do Detran em conjunto com as secretarias de Gestão e de Segurança Pública realizará um estudo técnico com o objetivo de elaborar uma outra proposta que possa contemplar os servidores dentro realidade fiscal do Estado e com a responsabilidade necessária.
“Mantemos o diálogo com os servidores, que é uma prioridade do Governo Pedro Taques”, enfatizou Carlos Brito. O secretário adjunto reforçou que os representantes do Sinetran já participaram de três reuniões na Casa Civil no último mês, onde foram relatadas as dificuldades que o Estado está passando e a impossibilidade de conceder o aumento salarial, do montante proposto, em razão das dificuldades que toda a população está enfrentando.
Em junho deste ano, o Governo do Estado, depois de muito diálogo entre representantes dos sindicatos de servidores públicos, Fórum Sindical e Poder Legislativo, anunciou um acordo de reposição de 2% das perdas salariais dos servidores públicos do Estado de Mato Grosso. Naquela oportunidade, o Governo do Estado também anunciou o pagamento da Revisão Geral Anual dos anos de 2017 e 2018.
Diálogo aberto
O secretário adjunto Carlos Brito disse que o Governo do Estado foi notificado pelo Sinetran que, se não houvesse a reunião e nem a resposta à reivindicação apresentada, a categoria paralisaria as atividades por um dia. "Contudo, a reunião aconteceu e houve uma resposta, mesmo que negativa, face ao alto impacto verificado. No entanto o diálogo permanece aberto e desta forma não há razão para a paralisação”, concluiu Brito.
Participaram da reunião com os representantes do Sindicato dos Servidores do Detran o secretário adjunto de Gestão de Pessoas, Carlos Campelo, a assessora Elga Rocha, da Seges, a diretora de Administração Sistêmica do Detran, Lilian Felício, e o assessor da Secretaria de Segurança, Luis Gustavo Caran.
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