Política

Governador veta lei que proíbe tortura e excessos em treinamentos

O governador Pedro Taques (PSDB) vetou a lei proposta pela Assembleia Legislativa e que prevê o fim da tortura e o excesso de exercícios físicos e atividades degradantes aos candidatos que realizam os exames e treinamentos para o ingresso na Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e demais corporações de iniciativa pública ou privada. O veto foi publicado no Diário Oficial divulgado nesta terça-feira (07).

 O Projeto de Lei busca assegurar a dignidade e a integridade dos candidatos à formação das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e outras corporações públicas ou privadas, em face de várias notícias recentemente divulgadas pela imprensa, referentes a supostas práticas de tortura em curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso.

Porém, apesar de considera nobre o propósito que motivou o Projeto de Lei, ele foi vetado. “É imperioso reconhecer que, ao proibir totalmente a realização de tortura no âmbito do Estado de Mato Grosso, a proposta legislativa incide sobre matéria já regulamentada pela União”, alega o governador, referindo-se a Lei Federal nº 9.455, de 7 de abril de 1997.

De acordo com o governador, essa lei, vigente em todo o território nacional, já conceitua atos de tortura, e prevê penalidades para o seu cometimento.

“Instados a se manifestarem, à Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, opinaram pelo veto total do projeto de lei pelos mesmos fundamentos. Desse modo, Senhor Presidente, por entender que a proposição não inova o ordenamento jurídico, e, portanto, não apresenta interesse público, veto integralmente o Projeto de Lei nº 480/2016, submetendo-o à apreciação dos membros dessa Casa de Leis”, conclui a mensagem.

Sandra Carvalho

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