O governador Pedro Taques (PSB), três promotores de justiça do Ministério Público Estadual (MPE), cinco delegados da Polícia Judiciária Civil (PJC), três oficiais da Polícia Militar e dois advogados (Fábio Galindo e Paulo Taques), foram arrolados como testemunha do cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, acusado de ser um dos principais operadores do sistema de interceptações telefônicas clandestino em Mato Grosso.
A defesa de Gérson alega que foi permitida a acusação arrolar 14 testemunhas e a ele, apenas três. O pedido foi feito ao Conselho Especial de Justiça, formado por coronéis da PM e pelo juiz da 11ª Vara Criminal Militar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Murilo Mesquita.
Os juristas, entendem que a medida caracteriza a “quebra da isonomia processual para que seja observado o devido processo legal, requer seja assegurado à defesa arrolar o mesmo número de testemunhas apresentado pelo órgão ministerial na denúncia”, diz trecho da petição.
Entre as testemunhas arroladas, além do governador e dos ex-secretários de Estado, estão os promotores de justiça Arnaldo Justino da Silva, Marcos Bulhões dos Santos e Marco Aurélio de Castro, os delegados da PJC Flávio Stringueta, Alana Derlene Cardoso, Ana Cristina Feldner, Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino e Rogers Elizando Jarbas, além dos oficiais da Polícia Militar Antônio Ribeiro Leite (coronel), Airton Benedito Siqueira Júnior (coronel) e Lucélio Ferreira Martins Faria França (major).
Na ação, Gerson Corrêa é acusado de falsidade ideológica e falsificação de documento. Alternativamente, caso o juiz entenda que ele não possua esse direito, a defesa do policial militar solicitou que seis testemunhas sejam ouvidas, como preconiza a Código Penal Militar. “Na remota hipótese de Vossa Excelência não acolher o primeiro pedido (paridade de armas), para que não se alegue preclusão temporal, a defesa arrola como testemunhas: Promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva, Coronel PM Antônio Ribeiro Leite, Major PM Lucélio Ferreira Martins Faria França, Governador do Estado de Mato Grosso José Pedro Gonçalves Taques, Delegado de Polícia Flávio Stringueta, Advogado Paulo Zamar Taques”, diz a petição.
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