Após a ter a prisão preventiva decretada por envolvimento no esquema dos grampos, o governador Pedro Taques (PSDB) assinou, nesta quinta-feira (28), a exoneração do sargento da Polícia Militar João Ricardo Soler da Casa Militar, onde atuava como gerente de Contra Inteligência.
Ele foi um dos alvos dos mandados autorizados pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no dia 27 de setembro, a pedido da delegada responsável pelo inquérito, Ana Cristina Feldner, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
De acordo com o ato de exoneração, Soler possuía cargo comissionado na Direção Geral de Assessoramento, nível DGA-8.
Veja a publicação do Diário Oficial:
Acusações
No pedido de prisão preventiva e busca e apreensão, o sargento foi apontado pela principal testemunha da investigação, o tenente-coronel da PM José Henrique Costa Soares, como um dos operadores do grupo de espionagem. Soler detinha grande conhecimento na área de inteligência e, inclusive, teria tido acesso ao sistema de escutas ilegais, chamado de 'Sentinela'.
Considerado expert em espionagem, pelo tempo que serviu no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), há indícios fortes de sua participação em um falso Núcleo de Inteligência da Polícia Militar.
Em depoimento, José Henrique relata que entregou suas fardas ao sargento para instalar um equipamento de gravação audiovisual, com o intuito de monitorar o desembargador Perri e coletar qualquer fala, frase ou conversa que o pudesse comprometer.
{relacionadas}