Política

Governador diz que mantém apoio a Mauro Carvalho após denúncia do MPF

O governador Mauro Mendes disse, nesta quarta-feira (30), que mantém seu apoio ao chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, em relação à denúncia oferecida pelo MPF (Ministério Público Federal) sobre empréstimo de dinheiro de instituição financeira clandestina.

Ele indicou, no entanto, que o assunto poderá ser discutido internamente com o secretário. Ontem (29), a Secom (Secretaria de Comunicação) tratou o caso como assunto particular de Mauro Carvalho.

“Eu já fui acusado pelo Ministério Público Federal, esse mesmo MPF, e depois fui absolvido. É livre arbítrio que eu tenho de poder decidir quem eu apoio e em quem voto, se ele está ou não envolvido”.

O governador disse ainda que sua posição não se representa um confrontamento ao Ministério Público e que não cabe a ele julgar o empresário Mauro Carvalho pelo que foi relatado na denúncia.

“É uma decisão muito diferente de eu querer condenar uma pessoa antes de ela ser julgada na Justiça. Eu não sou maior do que a Justiça”.

No documento do Ministério Público Federal publicado pela imprensa nesta quarta-feira, após vazamento, o chefe da Casa Civil é denunciado pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele faz parte da investigação a grupo, encabeçado pelo ex-secretário Éder Moraes, que teria usado agentes políticos, empresários e empresas para movimentar dinheiro irregularmente, entre 2005 e 2013, em Mato Grosso. Carvalho teria recebido R$ 788.500 na triangulação do esquema.

Conforme o Ministério Público, a quantia foi repassada a Mauro Carvalho em cheques, de 2009, e nota promissória, de 2010, por meio das empresas Globo Fomento Ltda., Comercial Amazônia de Petróleo e São Tadeu Energética, participantes da organização.

As empresas, duas em nome do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior (Globo Fomento e Comercial Amazônia), eram responsáveis pelo empréstimo e pela lavagem de dinheiro que vinham dos cofres públicos. Éder Moraes é citado na denúncia como o responsável pela operação clandestina, atuando em interesse próprio e de agentes políticos do alto escalão.

Em resposta, a defesa de Mauro Carvalho diz que a denúncia oferecida pelo MPF é “confusa” e não apresenta fatos que gerem “improcedência” do empréstimo.

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Redação

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