O governador Pedro Taques (PSDB), em entrevista ao programa Pop Show, nesta terça-feira (21), disse não estar preocupado com a saúde em Mato Grosso, pois ele, como gestor, tem a obrigação de trabalhar para resolver o problema no Estado.
O governador disse que há 31 anos não eram construídos hospitais públicos em Mato Grosso e que assumiu um compromisso em campanha de construir um hospital em Cuiabá (MT) com no mínimo 315 leitos. “Assumi no dia 1º de janeiro, e em maio iniciamos a construção do hospital junto com o ex-prefeito Mauro Mendes com 315 leitos”, disse ele se referindo ao novo pronto-socorro, cujas obras estão atrasadas há quase um ano.
Ainda durante entrevista, informou que antes não eram construídos hospitais ou havia investimento na saúde, devido a administração passada ter roubado dinheiro, citando inclusive o ex-governador Silval Barbosa (sem partido), o acusando de roubar R$ 1 bilhão do patrimônio do Estado.
Ainda falando da administração passada, Pedro Taques afirmou que o atual governo assumiu uma dívida de R$ 300 milhões na saúde que foi paga aos fornecedores, e que mesmo assim, a área ainda apresenta déficit de R$ 162 milhões, que perdura desde 2009.
Já em 2017, o governador informou que a dívida do Estado com a saúde era de R$ 126 milhões, dos quais já foram pagos R$ 50 milhões. “Eu deixei de pagar servidores públicos na data correta [até o dia 10 do mês referente] para pagar a saúde, e hoje (terça-feira, 21) terminamos de pagar todos os servidores públicos”, completou.
Taques completou que somente não investe mais na saúde por o Estado não possuir dinheiro para realizar os pagamentos e fazer investimentos. “Governar é fazer escolhas, ou você paga um, ou você paga outro, e agora nós fizemos esta opção: deixamos de pagar os servidores públicos e desembolsamos R$ 50 milhões para a saúde”, refrisou.
Questionado sobre à UTI infantil em Rondonópolis (218 km de Cuiabá) fechada por falta de manutenção de serviços, Pedro Taques afirmou que quando assumiu o governo, funcionavam 31 UTI’s no município, e hoje conta com 71.
“Eu estava na China quando aconteceu a situação em Rondonópolis, porém acompanhei e coordenei tudo com minha equipe. Estas UTI’s precisam ser credenciadas e habilitadas, onde a Santa Casa faz um procedimento no SUS, em Brasília, no Ministério da Saúde, pois assim, o governo federal paga um terço da diária de uma UTI, que custa em torno de R$ 1.300,00 e o Estado o restante do pagamento”, explicou.
Segundo o governador, esse procedimento não foi realizado pela Santa Casa de Rondonópolis. O governador afirmou ainda que as UTIs não serão fechadas, e que até março de 2018, essas unidades podem sair da Santa Casa e passar a ser administrada pelo Hospital Regional.
PAGAMENTO DO SERVIDOR PÚBLICO
O governador informou que no Estado há aproximadamente 100 mil servidores públicos, sendo destes 30 mil aposentados, que receberam no dia 8 de novembro; já 40 mil profissionais da educação receberam no dia 11 de novembro, e outros 1.300 servidores receberam o salário nesta terça-feira, pois os mesmos recebem acima de R$ 14 mil.
“Esses 1.300 servidores custaram ao estado R$ 48 milhões, que foi justamente o dinheiro retirado para fazer o pagamento na saúde. Salário não é obrigação, é um direito do servidor, e o governo está pagando o que é direito, e lembrando que 10 Estados ainda não pagaram o salário de setembro e parte do 13º salário”.