Os estudantes utilizam o guarda-chuva enquanto o professor dá a sua aula, para não se molharem, correndo o risco, inclusive, de pegar uma gripe ou uma doença mais grave.
A cena de alunos com guarda-chuvas abertos em sala de aula, tentando não se molhar e anotando o que o professor escreve na lousa é corriqueira na escola, que recebeu carteiras novas da Secretaria de Estado de Educação, mas não viu as obras de reforma, principalmente no telhado.
Em entrevista a jornalista Camila Nalevaiko, da Agência de Notícia, o professor de filosofia Zeca Terra disse que não existe outra solução e a realização do vídeo dos alunos com guarda-chuva foi a única maneira de chamar a atenção das autoridades. “Fotografamos e filmamos para colocar nas redes sociais, na tentativa de chamar a atenção das autoridades do nosso Estado”, disse.
De acordo com o professor, a escola foi reformada em 2003, mas desde então as goteiras começaram a aparecer e os alunos têm que conviver com as salas molhadas quando chove “é goteira para todos os lados, a direção da escola e até mesmo o assessor pedagógico já notificou a Seduc e a resposta é sempre a mesma: contenção de gastos devido a Copa de 2014”, indigna-se o professor.
No laboratório de informática uma goteira está exatamente sobre as fiações elétricas, oferecendo riscos de curto circuito. Outro problema sério é com as obras do refeitório que estão paralisadas há muito tempo e a empresa que está executando o serviço já está com um processo judicial. “Nem terminou as obras e já está precisando de reforma. Tanto as obras como o material que era para ser instalado no refeitório, que estão se acabando, largados nos cantos”, disse Zeca.
O professor informou ainda que o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso já esteve na escola, fez um relatório e notificou a direção e a Seduc, mas que até o momento as contenções de gastos para as obras da Copa tem feito com que a reforma da escola fique em segundo plano.
A escola tem mais de 180 alunos estudando em 4 salas de aulas e ainda uma sala anexa para os alunos da zona rural. “Precisamos de mais salas de aulas, precisamos de uma sala para os professores, o teto tem de ser consertado com urgência”, informou.
Fonte: Roteiro Notícias