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Google prepara versão do Android que já vem instalada dentro de carros

Foto: Stephen Lam

 

O Google está preparando terreno para uma versão do sistema operacional Android que vem instalada dentro dos carros, dizem fontes ouvidas pela Reuters, o que permitiria aos motoristas desfrutar de todos os benefícios da internet sem precisar usar seus smartphones.

A medida é um avanço importante sobre o software atual do Android Auto, que vem com a versão mais recente do sistema para smartphones e exige um telefone conectado para acessar streaming de músicas, mapas e outros aplicativos. Os primeiros desses veículos serão lançados em 2015.

O Google, no entanto, não forneceu detalhes ou um prazo para o seu plano a longo prazo de instalar o Android Auto diretamente em carros. A empresa pretende fazer isso quando lançar o próximo Android, codinome Android M, que é esperado para daqui a 1 ano, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.

A empresa planeja agora a fazê-lo quando se desenrola a próxima versão do seu sistema operacional, chamado Android M, esperado em um ano mais ou menos, duas pessoas com conhecimento do assunto disse.

As fontes não quiseram se identificar porque não estão autorizadas a discutir esses planos publicamente.

"Isso fornece uma estrutura muito mais forte para o Google realmente se tornar parte de um veículo, ao invés de um complemento", diz Thilo Koslowski, vice-presidente e consultor da empresa de pesquisa Gartner, que afirma que não tem conhecimento dos planos mais recentes do Google na área.

Em caso de sucesso, o Android se tornaria o sistema padrão por trás das funções de entretenimento e navegação de um automóvel, consolidando a posição do Google em um novo mercado onde ele está competindo com a arquirrival Apple. O Google também poderia acessar os dados recolhidos por um veículo.

A integração direta com carros assegura que os motoristas irão usar os serviços do Google a cada vez que o automóvel for ligado, sem precisar ligar o smartphone. Isso poderia permitir que o Google fizesse mais uso da câmera do carro, seus sensores, medidor de combustível e conexões de internet que já vem com alguns modelos de veículos mais recentes.

Analistas dizem que o plano do Google pode enfrentar vários desafios técnicos e de negócios, o que inclui convencer as montadoras a integrar esses serviços com tanta força a seus veículos.

O Google se recusou a comentar.

Empresas de tecnologia estão correndo para projetar eletrodomésticos, relógios e outros aparelhos que se conectam à internet. Os automóveis são uma perspectiva particularmente atraente porque os norte-americanos gastam cerca de 50 minutos por dia, em média, em seu trajeto, de acordo com dados do Censo dos Estados Unidos.

A Apple revelou seu software CarPlay em março e o Google assinou com dezenas de empresas, incluindo a Hyundai, General Motors e Nissan, para sua aliança automotiva e o produto Android Auto.

Tanto Android Auto e CarPlay projetam seus aplicativos de smartphones para a tela do carro. Espera-se que muitos dos primeiros modelos compatíveis estejam em exibição na feira Consumer Electronics Show (CES) 2015, em Las Vegas, em janeiro.

Ao embutir o Android em um carro, os serviços do Google não estariam sob o risco de serem desligados quando a bateria de um smartphone acabar, por exemplo.

"Dessa forma, eles estão sempre ligados", diz uma das fontes, referindo-se a versão acoplada do Android Auto. "Você não precisa depender de seu telefone estar ligado".

Ao tratar de componentes de carro, o Google também pode obter informações valiosas para alimentar seu modelo de negócio sedento por dados. "ELe pode ter acesso à localização GPS, onde você para, para onde você viaja todos os dias, sua velocidade, o nível de combustível, onde você estaciona para abastecer", uma das fontes disse.

Mas a fonte observou que o Android precisaria de grandes melhorias de desempenho e estabilidade para que as fabricantes de automóveis o adotassem. Em particular, o Android Auto precisaria ligar instantaneamente quando o motorista der ignição no carro, ao invés de ter de esperar mais de 30 segundos, como acontece com muitos smartphones.

As fabricantes de automóveis também podem estar cautelosas em dar ao Google acesso a componentes do carro que poderiam suscitar preocupações de segurança e responsabilidade, além de ficar relutantes em dar ao Google um lugar tão nobre em seus veículos.

"As montadoras querem manter seu apelo de marca e diferenciação", disse Mark Boyadjis, analista da empresa de pesquisa IHS Automotive. "As montadoras não querem ter uma situação onde você entra em qualquer veículo e é a mesma experiência onde quer que vá".

Fonte: G1

Redação

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