Então, na segunda-feira (10), Timothy Jordan, um patrono e desenvolvedor sênior do Google para o Projeto Glass, fez uma demonstração dos óculos para uma sala abarrotada de pessoas em uma conferência.
Ele revelou como os movimentos oculares controlam o dispositivo; olhou para cima a fim de ativar a tela; e suaves movimentos com a cabeça ajudaram-no a passar por entre várias telas. Jordan tirou uma foto da plateia e executou uma busca por comando de voz do Google sobre como dizer "obrigado" em japonês. Ele contou a resposta em voz alta; ela foi emitida do dispositivo num volume baixo o suficiente para ser inaudível aos espectadores, porém alta o bastante para que ele pudesse ouvi-la.
Além da demonstração, Jordan apresentou uma pequena amostra de aplicativos que podem ser usados por pessoas enquanto elas estão com o Google Glass.
Jordan mostrou um exemplo de um aplicativo de notícias que coloca diante dos olhos as manchetes e as fotografias dos artigos populares do "New York Times" – não o texto completo da reportagem, algo que seria difícil para o usuário do Google Glass ler no dispositivo.
Ele também apresentou um aplicativo de e-mail e uma integração com o app de rede social Path que eram facilmente navegados e controlados por meio de movimentos oculares para ler o conteúdo e escrever atualizações. [o Path é um app centralizador de redes sociais.]
Jordan também deu vários conselhos pontuais para desenvolvedores que estão interessados na criação de aplicativos para o Glass. Primeiro, disse ele, é importante que eles sejam desenhados especificamente para o Glass, no lugar de tentar a criação de um novo app a partir de um já existente. Ele também afirmou que, uma vez que os óculos estão colocados no rosto do usuário, desenvolvedores precisam ser cuidadosos ao manter aplicações oportunas e simples.
Os desenvolvedores devem evitar o bombardeio do usuário com atualizações e informações desnecessárias, segundo Jordan. Por exemplo, um usuário pode gostar de ler um e-mail assinalado como urgente que chega enquanto ele ou ela está longe da mesa de escritório, mas isso não serve necessariamente para newsletters ou e-mails de alerta de compras coletivas.
Jordan também aconselhou os desenvolvedores a evitar o inesperado. "Seja transparente e dê funcionalidades que os usuários esperam", disse. "Você precisa evitar qualquer coisa que possa interrompê-los ou chateá-los."
Fonte: FOLHA.COM | NEW YORK TIMES