Um homem de 27 anos foi preso em flagrante nesta segunda-feira (5), no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá-MT, durante uma operação da Polícia Civil pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro. O suspeito teria aplicado golpes em plataformas digitais que causaram um prejuízo estimado em R$ 2 milhões às empresas.
Três veículos importados – todos da BMW – e contratos de compra de imóveis totalizando mais de R$ 800 mil (uma casa e um terreno) foram apreendidos pelas equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) e da Gerência Estadual de Polinter e Capturas.
Segundo a PJC, o golpista já vinha sendo investigado pela prática de furtos mediante fraude. Ele invadia contas de clientes do Mercado Pago e, após auferir os valores, realizava compras no site Mercado Livre utilizando cadastros falsos e, sequencialmente, lavava o dinheiro obtido com o crime antecedente – autolavagem de capitais, prática conhecida como selflaudering.
Por contrato, a empresa vítima é obrigada a ressarcir as companhias cujos valores foram subtraídos.
No final de março, a Derf foi comunicada pela Mercado Pago de que o suspeito teria aplicado outro golpe e adquirido 140 gramas de ouro. Com essa informação, os agentes passaram a realizar diligências para encontrar o acusado, que se ‘especializou’ na prática dessa modalidade de crimes em ambientes virtuais, conforme as investigações.
Os bens apreendidos com o golpista foram adquiridos com a intenção de ocultar a origem ilícita. Um dos veículos está em nome da mãe dele e os outros dois em nome de terceiros.
O delegado Guilherme de Carvalho Bertoli explicou que os contratos de compra e venda de imóveis localizados com o suspeito – um terreno de R$ 485 mil e uma casa de R$ 320 mil [ambos em Chapada dos Guimarães] – também configuram a intenção de ocultar os valores provenientes das transações criminosas. Os dois imóveis foram quitados à vista.
Em depoimento na delegacia, na companhia de advogados, o suspeito se manteve em silêncio. Após os procedimentos policiais, foi encaminhado para audiência de custódia do Poder Judiciário.
A polícia já representou pela conversão da detenção em flagrante do suspeito para prisão preventiva.