Mix diário

Gol assegura US$ 1,9 bilhão em financiamento de saída do Chapter 11, com prazo de 5 anos

A Gol Linhas Aéreas anunciou que conseguiu os recursos para o financiamento de saída no valor de US$ 1,9 bilhão no âmbito do Chapter 11, seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, no prazo de cinco anos.

Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nos últimos seis meses, a companhia conduziu um amplo processo de captação e após a aprovação judicial do acordo de backstop firmado com Castlelake, L.P. e Elliott Investment Management, L.P. que são os investidores âncoras, para subscrever até US$ 1,25 bilhão dos instrumentos de dívida relativos ao financiamento de saída, a Gol fechou um acordo com um grupo ad hoc (o “Grupo Ad Hoc”) de detentores das 8.00% Senior Secured Notes com vencimento em 2026 emitidas pela Gol Finance (Luxemburgo).

“Nesse contexto, os membros do Grupo Ad Hoc assumiram o compromisso de subscrever US$ 125 milhões das notas de financiamento de saída da companhia. Para completar a captação necessária ao financiamento de saída, a Gol precisava obter US$ 495,5 milhões adicionais em compromissos de financiamento. Ao final do processo, foram recebidas ordens no valor de US$ 796,9 milhões”, informou o comunicado.

A companhia disse que em razão desta demanda, a taxa de juros do financiamento de saída do Chapter 11 foi reduzida de 14,625% para 14,375%. Além disso, segundo a Gol, foi solicitado ao Grupo Ad Hoc a redução de US$ 75 milhões em seu compromisso anteriormente divulgado de US$ 125 milhões , elevando o montante disponível a outros investidores para US$ 570,5 milhões.

O Grupo Ad Hoc também aceitou reduzir sua “Work Fee” de US$ 10 milhões para US$ 4,0 milhões, informou a Gol.

“Nos termos das cartas de compromisso do financiamento de saída do Chapter 11, os investidores participantes se obrigaram a subscrever US$ 1,90 bilhão, excluindo taxas e custos pagos in-kind, em instrumentos de dívida a serem emitidos na data de eficácia do plano de reestruturação proposto nos processos de Chapter 11”, destacou o comunicado.

Após esse novo acordo, que está sujeito à homologação pelo Tribunal, a Gol informou que os financiamentos de saída serão compostos por: US$ 1,250 bilhão provido pelos Investidores Âncora; US$ 50 milhões pelo Grupo Ad Hoc; US$ 30 milhões em aportes novos (“new money”) no âmbito da oferta de subscrição de direitos da Gol com vencimento em 2026; e US$ 570 milhões em compromissos assumidos por outros investidores.

“Os Financiamentos de Saída serão utilizados para amortizar as obrigações decorrentes do financiamento de devedor em posse contratado pela companhia e suas subsidiárias no contexto do Chapter 11, bem como para o pagamento de custos da transação”, disse o comunicado. “O financiamento também reforçará a posição de liquidez da Gol após sua saída dos processos do Chapter 11, proporcionando capital de giro e outros recursos de apoio às operações comerciais futuras.”

Para esse processo de reestruturação, o assessor jurídico é o Milbank LLP, Seabury Securities, LLC como banco de investimentos, agente líder de colocação das notas de saída no valor de US$ 1,9 bilhão, assessor financeiro e assessor exclusivo de reestruturação, BNP Paribas Securities Corp. como coordenador líder e agente de colocação das notas de saída, e AlixPartners, LLP como assessor financeiro. Além disso, o escritório Lefosse Advogados atua como assessor jurídico da Gol no Brasil.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve