O ministro da Educação, Abraham Weintraub, atribuiu o plano de contenção de gastos na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) à má gestão da reitora Myrian Serra. Ele relembrou o episódio do corte de energia elétrica da instituição, em julho, e disse que foi a única no País a ter problemas de funcionamento como efeito do contingenciamento orçamentário.
“Não houve nenhuma universidade fechada e o único caso de ficar sem luz por 6 horas foi aqui, e nós do MEC que tivemos que ligar para a companhia de energia elétrica restabelecer [o serviço]”.
O plano de contenção foi anunciado na quarta-feira (4) e contém readequação de vários serviços, como o funcionamento do RU (Restaurante Universitário), de limpeza, telefonia e segurança no campus. Por vieses diferentes, a contenção vem sendo criticada por professores e estudantes.
O episódio de suspensão de energia elétrica citado pelo ministro ocorreu por causa de acumulo de contas atrasadas, que aumentaram de valor nos últimos anos. A interrupção provocou problema em setores da universidade, como o hospital veterinário e a casa de estudantes.
Ontem (5), durante coletiva de imprensa, o ministro Weintraub afirmou que o contingenciamento anunciado em março passado pelo MEC (Ministério da Educação) começa a ser revertido neste mês, mas foi incisivo ao voltar a criticar a gestão da reitora Myrian Serra.
“A gente vai começar a descontigenciar em setembro, agora neste mês os recursos vão fluir. Mas, uma gestão ruim pode ter bilhões e terminar mal como foi o programa de transporte aqui de Cuiabá [VLT], que acabou em desastre. A construção da Arena Pantanal também um desperdício de dinheiro público. Então, gestor ruim, pode dar o dinheiro que for que será um desastre”.
O ministro participou da cerimônia de formatura de policiais militares na noite de ontem no quartel do Comando Geral da PM. Na ocasião, ele foi condecorado com a medalha Homem do Mato.