O secretário de Fazenda, Rogério Gallo, vai participar da reunião do Colégio de Líderes, nesta terça-feira (26), para detalhar pontos do pedido de empréstimo de 250 milhões de dólares ao Banco Mundial. O assunto vem sendo discutido pelos parlamentares desde a apresentação do pedido, na semana passada, no Palácio Paiaguás com questionamentos sobre a cobrança de contrapartidas estatais.
O deputado Lúdio Cabral (PT), autor da convocação ao secretário, diz que os pontos mais questionáveis são a variação cambial do dólar nos próximos anos e a fixação de dívidas para além do tempo de governo Mauro Mendes.
“Há dúvida geral sobre o assunto e acho que as principais questões são o comportamento do dólar nos próximos anos, impossível de prever, e a dívida que para outros governadores. São polêmicas que o secretário terá que esclarecer para sabermos como os deputados vão se comportar diante do pedido de empréstimo”.
O governo quer transferir a dívida de 240 milhões de dólares com o Bank of America para o Banco Mundial. Conforme a Fazenda, a transferência dá ao Estado prazo de 240 meses (20 anos) para a quitação com taxa de juros anual em 3,5%. Novas regras que podem gerar economia de cerca de R$ 700 mil na quitação. O prazo com o Bank of America encerra em 2022.
‘Maioria salgada’
Questionado sobre a viabilidade do governo conseguir aprovar o pedido, o deputado Lúdio Cabral afirma que a decisão passará pela interpretação que o secretário Rogério Gallo apresentará sobre o acordo com o Banco Mundial. Mas, não nega que haja o assunto passe pelo número de parlamentares na base do governo.
“Tudo dependerá da interpretação sobre o assunto. Mas, se não houve consenso o governo podem se prevalecer da maioria para aprovar o empréstimo. O governo tem uma maioria salgada e poderá pender a favor.”
