O deputado federal Victório Galli, presidente do PSL em Mato Grosso, negou que o partido cogite aliança com o governador Pedro Taques (PSDB) para apoiá-lo em um processo de reeleição. A pauta foi levantada após possibilidade de desistência do então pré-candidato Dilceu Rossato (PSL) à corrida pelo governo do estado. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (7), em entrevista à rádio Capital FM.
Nesta manhã, Galli confirmou que existe a possibilidade da desistência de Rossato, uma vez que há um acordo entre ele e o pré-candidato e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PSD). A informação é de que os políticos ponderam que não seria interessante haver disputa de dois nomes para uma região só (ambos representam o norte do estado).
“Eu estive uma conversa com o Pivetta e ele confirmou que eles estariam de acordo que se houver uma pesquisa, aquele que estiver melhor, de unir os dois para não sair e não ter essa divisão”, comentou Galli. Apesar disso, ele garantiu que ainda não recebeu uma declaração de desistência formal de Rossato.
Com a desistência do político, a juíza aposentada Selma Arruda poderá disputar sua primeira eleição ao Senado em ‘chapa branca’, isto é, sem estar relacionada com algum dos candidatos ao governo. Ainda segundo Galli, a desistência de Rossato não deve atrapalhar a eleição da ex-juíza, porque, em pesquisas informais, ela aparece em segundo lugar nas intenções de voto, atrás do ex-governador Jayme Campos.
Plano B
Com uma aversão aos partidos de esquerda já declarada, e as críticas de Selma Arruda contra políticos de diversos outros partidos, os rumores sobre possível aliança entre o PSL e o governador Pedro Taques (PSDB) ganham força. No entanto, Galli descartou a possibilidade. “Nada disso”, respondeu sobre o assunto.
No final de semana, circulou uma foto na qual Selma aparece com o governador, em uma reunião em casa. Sobre o assunto, Galli garantiu que não passou de um encontro republicano. “Foram os outros partidos que provocaram o encontro com o governador. Foi ele quem nos convidou para conversar sobre política. E no PSL nós somos educados, somos elegantes”.
De acordo com o deputado, um dos motivos pelo qual o partido não concordaria com a aliança é a situação vivida na saúde do estado, a qual disse “não estar legal”. Apesar disso, o deputado ressaltou que a composição da vaga majoritária no estado será definida por Jair Bolsonaro.
“Quem de fato vai bater o martelo sobre a majoritária no estado não somos nós, é a diretoria nacional. Claro que é interessante para ele ter candidatura própria do PSL no estado de Mato Grosso, que será um palanque dele naturalmente, mas no Plano B vai ser negociado o seguinte: esse candidato a governo de outro partido vai ceder o palanque para o nosso presidenciável subir? Então, tudo isso vai fazer parte da pauta do plano B do PSL”, finalizou.