Política

Galli diz que veto do PSL não impede palanque com Bolsonaro e Taques

O presidente do PSL em Mato Grosso, deputado federal Victório Galli, diz que a resolução do partido com veto a coligações com nove siglas, incluindo PSDB, não barra a negociação com o governador Pedro Taques (PSDB), de cujo pré-candidato o PSL está mais próximo em Mato Grosso para a campanha eleitoral deste ano. Galli afirma que as conversas com o grupo tucano são ajustadas de modo a dar liberdade de apoio a presidenciáveis distintos e composição somente de alguns cargos.

“A restrição é a partidos que têm candidatos [à presidência], neste caso, o PSDB e o PDT. Isso é para não gerar conflito com os partidos. Mas, com a garantia de que temos espaço, estrutura para apoiar o [Jair] Bolsonaro, é que nós vamos trabalhar daqui para frente”, disse ele em entrevista à rádio Capital FM.

O PSDB lançou a pré-candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a Presidência da República, e o PDT trabalha a pré-candidatura do ex-deputado federal Ciro Gomes. Além das duas siglas, a resolução de restrição baixada no começo deste mês também veta coligação com outros sete partidos de esquerda (PT, PCdoB, PSTU, PCB, PCO, Psol, Rede Sustentabilidade).

Galli afirma que o PSL tem apresentado nas conversas com cabeças de chapa quatro pontos para fechamento de acordo eleitoral: espaço para campanha a Jair Bolsonaro (PSL-RJ); nome para concorrer ao Senado, representado pela ex-juíza Selma Arruda; chapa pura para deputados estaduais e fortalecimento da sigla para a campanha de deputado federal.

“Essa construção eu passei tanto para o Pedro [Taques, PSDB], o Mauro [Mendes, DEM] quanto para o Wellington [Fagundes, PR]. Com o Mauro há restrições quanto à questão da senatória, porque lá já fechou com o Jayme [Campos, DEM] e o [Carlos] Fávaro (PSD). Então, nós temos duas opções: ou ir com o Wellington ou ir com o Pedro”.

A chapa do senador Wellington Fagundes até o momento tem apoio garantido de partidos da esquerda, barrados pela Executiva nacional do PSL. Situação que coloca o partido em Mato Grosso mais próximo dos tucanos. “Pelo caminho, pelo que o Pedro tem garantido para a gente, estamos vemos que fechar com o PSDB é mais certo”, disse Galli.

O deputado disse ainda que definição será dada pela direção nacional até 5 de agosto, data limite para a oficialização de coligações. “Nós vamos apresentando relatórios para a nacional, mostrando com quem podemos ganhar ou perder para dizer com quem vamos fechar. Quem bate o martelo é a Executiva nacional”.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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