Política

Galli diz que áudio de Selma vazado é de reunião da executiva estadual do PSL

A conversa vazada em redes sociais entre a candidata ao Senado, Selma Arruda, e o presidente estadual do PSL, Victório Galli, ocorreu logo depois da declaração da juíza aposentada sobre votos em candidatos de partidos fora da coligação PSDB e PSL, no fim de julho.

 Galli afirmou nesta quarta-feira (3) que a conversa ocorreu em reunião da executiva estadual em que se explicou sobre a rejeição a candidatos tucanos dias após a oficialização da campanha. “A Selma ficou responsável pela negociação de majoritária do nosso partido, foi ela quem negociou a participação na aliança. Inclusive fez várias reuniões com Pedro Taques sem mesmo eu estar presente”.

Galli confirmou que o conteúdo do áudio vazado é real e disse que a declaração de Selma Arruda contra os tucanos teria sido feita quando ele percebeu a campanha de Taques tinha baixa receptividade de potenciais financiadores. No arquivo vazado, essa informação é identificada no trecho em que a juíza afirma “ninguém quer colocar dinheiro na campanha do homem”, se referindo a Taques.

A negociação de aliança com o PSDB teria sido conduzida por Selma Arruda para encaixar sua candidatura ao Senado, visto que o grupo encabeçado por Taques era o único disponível. No grupo de Wellington Fagundes (PR), a formação de chapa foi barrada pelo presidenciável Jair Bolsonaro por causa da participação do PT e outros partidos de esquerda. E no grupo de Mauro Mendes (DEM), na reta final de negociações de alianças, já estavam asseguradas as candidaturas de Jayme Campos (DEM) e Carlos Fávaro (PSD).

“Nós fomos para o PSDB porque o projeto de Selma sempre foi o senado. O Mauro [Mendes] disse que havia espaço para nós lá, mas a Selma teria que concorrer à deputada federal ou estadual. Como ela não aceitou fomos conversar com o Pedro [Taques] para tentar assegurar a candidatura ao Senado”, declarou Galli.

Os R$ 15 milhões mencionados por Selma Arruda no áudio vazado seria para a soma para as campanhas de reeleição de Taques e para o Senado. O áudio foi divulgado no começo da manhã de hoje. Em nota de assessoria de imprensa, a candidata afirmou que o arquivo está “adulterado”.

Essa informação foi negada por Victório Galli: “Eu não sei como vazou isso. Eu sei que falei desse negócio [financiamento de campanha] com ela, eu falei isso, logo após ela ter falado que votando nela não tinha problema de não votar no Pedro [Taques] e no Nilson Leitão (PSDB)”.

A quantia teria sido prometida por Pedro Taques somando o teto de R$ 5,6 milhões para campanha de governador mais outros R$ 3,2 milhões para o Senado. No áudio, a candidata Selma Arruda diz: “Nas reuniões da majoritária, a ideia deles [supostamente membros do PSDB] era fazer o seguinte: a gente assume dívida. R$ 7,5 milhões o governo deve se virar e outros R$ 3,2 a gente ia se virar. Era para fazermos dívida, eles iam pagando. Eles não vão passar dinheiro nunca, ninguém quer botar dinheiro na campanha do homem” .

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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