Com Cátia Alves/ Cintia Borges/ Valquíria Castil
A residência do prefeito de Sinop (MT), Juarez Costa (PMDB), e da primeira-dama Ivone Latanze da Costa, foi alvo de investigação pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no início da tarde desta quinta-feira (15). O mandado também foi cumprido na prefeitura da cidade e na Secretaria de Assistência do Município, administrada pela primeira dama. A operação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Estão sendo cumpridos neste momento sete mandados de busca e apreensão em Sinop e três no estado de Santa Catarina. Todos os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.
De acordo com o advogado do prefeito, Rafael Baldasso, o processo ainda está em segredo de justiça, e não se sabe o teor das investigações. "Nós tivemos acesso ao mandado de busca e apreensão, mas ele não especifica o objeto da investigação. Nós não temos conhecimento ainda do que se trata, pois o processo está em segredo do justiça e não tivemos acesso", disse o advogado ao Circuito Mato Grosso.
Juarez exerce o segundo mandato na prefeitura de Sinop, por conta disso não é candidato a reeleição.
A operação é realizada em parceria com o Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária), também do Ministério Público do Estado (MPE) e Gaeco.
Segundo assessoria de comunicação do MPE, estão envolvidos na “Operação Sorrelfa” 35 agentes e quatro Oficiais da Policia Militar, nove policiais civis, dois delegados e nove promotores de Justiça que contam também com o apoio do Gaeco de Santa Catarina.
HISTÓRICO
Juarez já foi denunciado pelo empresário Gerson Mendonça Júnior, conhecido com Júnior Mendonça, em uma das fases da Operação Ararath que resultou na prisão do ex-governador Silval Barbosa, do mesmo partido. Nela, o governador Silval Barbosa teria se envolvido em uma negociação para compra de sentença no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para livrar o prefeito Juarez Costa de uma possível cassação.
O empresário diz que sacou R$ 500 mil e levou à casa do falecido advogado Eduardo Jacob. Dinheiro teria sido pago ao desembargador Evandro Stabile que concedeu liminar para salvar prefeito.
No dia 23 de março de 2016, o prefeito Juarez Alves da Costa, o deputado estadual Mauro Savi (PSB), e o ex-diretor da ONG Vale do Teles Pires, Leonardo Fuga, foram denunciados pelo MPE por crimes de responsabilidade. As irregularidades teriam sido cometidas por meio de dois convênios assinados pela prefeitura com a organização não-governamental. À época, administrador da ONG, Savi também foi denunciado pelo MPE por apropriação indébita. A denúncia foi feita ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
OPERAÇÃO SORRELFA
O nome Sorrelfa, segundo a definição do dicionário, significa dissimulação silenciosa para enganar ou iludir alguém.
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(Atualizada às 16h)
