Os parlamentares foram presos durante operação realizada pelo Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça do município e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
Os vereadores e outras seis pessoas – que já estão presas – são acusados também de corrupção de menor. Entre os presos estão Geovane Melo Silva, Alessandro Almeida Miranda, Iago Vinícius de Santos Silva, Neimar Gilberto Sousa Rosa, Walter Djones Rapuano e Antonio Lenoar Martins.
A denúncia inclui, ainda, dois advogados que não estão presos, mas irão responder por coação no curso do processo, ameaça e oferecimento de vantagem indevida para alteração de depoimentos.
Consta na denúncia, que integrantes do grupo chegaram a oferecer uma quantia de R$ 15 mil para a execução de policiais militares que atuavam no caso. Os acusados, segundo o MPE, praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas.
Além da venda de entorpecente, eles eram responsáveis pela aquisição, preparo, transporte e armazenagem da droga. A comercialização da droga, conforme o MPE, foi realizada, inclusive, dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum e em uma escola da cidade de Nova Ubiratã.
Os entorpecentes eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição.
As porções de droga, conforme o MPE, eram embaladas e preparadas em pequenas trouxas amarradas com fio dental e comercializadas a R$ 20, R$ 30 e R$ 50. Existia, ainda, a opção por porções maiores, denominadas “Caixa”, cujo valor era de R$ 200,00.
Conforme o Ministério Público, a quadrilha começou a ser desbaratada com a operação “Pistolagem em Neve Branca” realizada pela Polícia Judiciária Civil em parceria com a Polícia Militar.
Os parlamentares presos foram encaminhados para o Centro de Ressocialização de Sorriso. O vereador Itamar também responderá por porte ilegal de armas, já que no momento da prisão, o Gaeco encontrou em seu poder um revólver calibre 38. (informações assessoria)