MPE-MT
O coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Marco Aurélio de Castro disse na tarde desta sexta-feira (22) que ao menos dois deputados estão envolvidos no esquema que teria desviado R$ 9,6 milhões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. As suspeitas provem de ligações dos parlamentares no esquema que ficou conhecido após a deflagração pelo Ministério Público do Estado (MPE) da Operação Ventríloquo.
O promotor disse que os nomes dos parlamentares não foram divulgados para não atrapalhar o andamento das investigações. “O que nós podemos informar sobre o fato de envolvimento de outros parlamentares é que: no momento da deflagração da operação apareceu o nome de dois personagens com foro privilegiado. Só não posso antecipar mais informações por uma questão estratégica”, argumentou o Marco Aurélio.
O pedido para inclusão dos dois suspeitos com foro privilegiado, foi enviado ao Tribunal de Justiça e está em análise. “Isso já foi encaminhado ao juizado, ou seja, o Tribunal de Justiça já está analisando”, concluiu.
Segundo o chefe do Gaeco, a missão do órgão fiscalizador é encontrar os destinatários do dinheiro desviado pelo esquema. “A quem José Geraldo Riva destinou parte dos recursos desviados, por meio da Assembleia Legislativa, é o alvo das nossas investigações”, concluiu.
Operação Ventriloquo
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) composto por membros do Ministério Público, aliados a Polícia Civil prenderam o ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), no último dia 1º de julho por suposto esquema que teria desviado quase R$ 10 milhões dos cofres públicos. O ex-palamentar é suspeito de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.