Representantes do grupo JBS anunciaram a pecuaristas de Mato Grosso que o pagamento do gado de abate deverá ser feito apenas 30 dias após a compra. Normalmente o boi era pago à vista.
Com os últimos acontecimentos em torno das delações dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, entre elas está o pagamento de R$ 30 milhões de propina ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para obter redução de impostos nas empresas sediadas no Estado.
A nova medida traz insegurança aos pecuaristas mato-grossenses, uma vez que acabam de passar pelos prejuízos que trouxeram a suspensão da compra do boi em detrimento da Operação Carne Fraca, esquema de fraude na produção e comercialização de carne.
Tal mudança deixa a incógnita dos rumos que podem tomar a economia em Mato Grosso. “Essa mudança [de pagamento] nos deixa muito preocupados e desconfiados. Já estamos pensando até em reter o boi no pasto. Historicamente sempre foi pago a vista compra do gado”, disse um pecuarista ao Circuito Mato Grosso.
Escândalos da JBS
Após a Operação Carne Fraca, os irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, revelaram um esquema de incentivos fiscais de suas empresas sediadas em Mato Grosso.
Na delação homologada nesta última semana, eles explicaram como os frigoríficos eram beneficiados através do pagamento de propina ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), entre os anos de 2011 e 2013, para obter redução de impostos nas empresas sediadas no Estado. Entre as empresas beneficiadas com a mudança do sistema tributário está a JBS