O tradicional grupo de siriri ecururu de Cuiabá, o Flor Ribeirinha – um dos mais renomados do estado – sofreu um grave acidente de micro-ônibus na noite do último sábado (21). A fundadora da equipe, Domingas Leonor da Silva, de 63 anos, que também estava veículo foi arremessada devido ao forte impacto.
“Sim ela estava na hora da fatalidade e foi arremessada. Por um milagre ela não sofreu nada, apenas algumas escoriações, mas prontamente se levantou para ajudar outras pessoas, aliás, ela foi a primeira a se levantar”, disse Jefferson Guimarães, coordenador administrativo do grupo.
Segundo o diretor musical do Flor Ribeirinha, Edmilson Maciel, apesar do enorme susto ocorrido no trecho sentido a Diamantino (183 km distante de Cuiabá), nenhum dos integrantes tiveram ferimentos graves ou registro de óbito nas unidades hospitalares, apenas sequelas sentimentais.
“O micro-ônibus capotou duas vezes e as pessoas foram arremessadas, mas graças a Deus não houve vítima fatal e todos passam bem agora. Apenas dois integrantes estão internados no Pronto Socorro de Cuiabá e dois no Hospital São Benedito também na capital. Restam sequelas de um dia trágico”, disse em entrevista a rádio Cultura FM da capital.
Conforme Edmilson, a causa do acidente ainda está sendo apurada com toda a cautela. Mas, ele adianta que irá prestar depoimento as autoridades policiais e inicialmente acredita tratar-se de uma falha humana por causa da agressividade que causou o impacto.
“Estava chovendo muito e o motorista há mais de 100 km/h. E ali onde aconteceu é pista duplicada, região do Posto Gil. Ele [motorista] foi alertado do perigo justamente para não correr como estava. Então à princípio foi uma falha humana”, disse ao ser questionado.
A dançarina Márcia Ramos que atua há 9 anos no Flor Ribeirinha relatou ao Circuito Mato Grosso que a maioria estava sem cinto de segurança no momento da fatalidade.
“Todas as pessoas que estavam sentados do meu lado foram arremessadas porque estavam sem cinto. Eu fui a única que fiquei de pendurada e na hora chovia demais”, contou a reportagem.
Além dela, outras duas vítimas estão internadas no PSMC e aguardam parecer médico para serem encaminhadas para sala de cirurgias de pulso e clavícula. Uma das cantoras, identificada como “Lenir” sofreu uma lesão na cabeça e trincou também uma das vertebras na região toraxical.
Ao todo, são dois dançarinos, três músicos e duas cantoras em situação crítica sendo atendidos em dois hospitais.
Ainda de acordo com o diretor do grupo Edmilson Maciel, as apresentações foram suspensas por tempo indeterminado.
“Vamos suspender todas as apresentações do mês de novembro, porque temos que dar suporte à essas pessoas e vamos contar com o governo para retomar nossas atividades”, informou.
Através da assessoria de imprensa, a fundadora do grupo se pronunciou sobre o acidente. "Pelas condições que vimos do veículo após o acidente, Deus fez um milagre. Estamos todos salvos. Ficamos abalados na hora, mas não perdemos a fé em nenhum momento. Alguns se machucaram mais, mas a maioria está bem agora, graças ao meu bom Deus", salientou dona Domingas.