A diretoria se reuniu entre os dias 14 e 18 em Nova Friburgo, e até segunda-feira as regionais farão assembleias para decidir a adesão ao movimento. De acordo com o diretor da Executiva Nacional da associação, Nelson Thomé Filho, os estados do Rio Grande do Sul, Amazonas e Alagoas decidiram pela paralisação. Os trabalhadores da sede do IBGE, no Rio, se reúnem amanhã de amanhã para votar a adesão ou não.
Os principais pontos são: plena autonomia técnica no órgão, reversão dos cortes orçamentários, concursos públicos e salários no patamar das carreiras dos órgãos do ciclo de gestão. Querem ainda salários e direitos iguais para os trabalhadores temporários, substituição da atual diretoria e eleições diretas para presidente, membros do conselho, coordenadores de pesquisas e chefes de Unidades Estaduais do IBGE.
“Nós queremos concurso público para substituir o trabalho temporário e também a substituição dos efetivos que estão para se aposentar. Na questão salarial, nós pedimos equiparação ao patamar dos órgãos de gestão, como Ipea e Banco Central. A outra reivindicação é a questão do IBGE ser encarado como um órgão de estado, e não de governo, e ter autonomia técnica”, disse o diretor.
De acordo com o sindicato nacional, o IBGE tem hoje 5.900 funcionários efetivos e 4.700 temporários, que ganham cerca de um salário mínimo e exercem funções além das estabelecidas em lei, que é a coleta de informações para operações censitárias e para pesquisas de caráter temporário.
A assessoria de imprensa do IBGE informou que a diretoria não vai se pronunciar sobre a greve porque a paralisação não existe de fato, pois aguarda as decisões das assembleias regionais. A Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento informou que existe um acordo assinado com todos os servidores públicos federais que vale até janeiro de 2015, e o governo não tem margem financeira e fiscal para promover qualquer tipo de reestruturação que provoque impacto orçamentário.
Agência Brasil