Em lance aos dois minutos, Hulk cruzou, o centroavante errou o cabeceio. Ao cair, porém, conseguiu chutar sobre o goleirão espanhol, Iker Casillas. "Já fiz tanta coisa boa deitado. Faltava o gol", disse o artilheiro.
Foi o fim perfeito para um dos jogadores mais carismáticos que a seleção brasileira teve na Copa das Confederações. Ele acabou com cinco gols, liderando a artilharia ao lado do espanhol Fernando Torres e recebeu, pelo feito, a chuteira de prata do torneio.
Tudo graças à confiança do técnico brasileiro. Luiz Felipe Scolari apostou no camisa 9 do Fluminense, ao contrário do que aconteceu com seu antecessor, Mano Menezes – que preferia escalar a seleção sem um centroavante fixo. Felipão seguiu dando confiança ao jogador mesmo após duas partidas discretas para abrir o torneio: Fred passou em branco contra Japão e México e ainda viu seu substituto, o atleticano Jô, marcar duas vezes.
Se recuperou na sequência – ao marcar duas vezes contra a Itália, uma vez contra o Uruguai e duas vezes contra a Espanha. "Sou muito grato ao Felipão. Ele sempre confiou em mim. Sempre me passou muita coisa. Ele e o Parreira. Recebi muitas críticas por não ter feito gols nos primeiros jogos. E ele sempre me disse para ter calma. Isso foi bom. Sabia que, na hora certa, os gols iam sair. Estou muito feliz".
Fora de campo, ele também foi destaque: ao voltar a colocar a bola nas redes, fez um coraçãozinho. No dia seguinte, admitiu, em rede nacional, que era uma homenagem a alguém especial. A garota em questão era Ana Gabriela Cortês – que recebeu tanta atenção depois do fato que chegou a chorar no hotel em que estava hospedada e ainda apagou sua conta no Facebook.
O lado conquistador do artilheiro é conhecido há tempos. Bruno Barros e Thiago Afonso, o Batata, dois grandes amigos do atacante, contaram ao UOL Esporte que desde criança ele é 'pegador'. Bruno, aliás, 'entregou' que Fred matava aula quando era moleque para ir namorar em um morro atrás da escola em Minas Gerais.
Uol – Por Luiz Paulo Montes
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