Na terça-feira (22), dia em que o corpo de Douglas foi achado, a polícia informou que a perícia preliminar, chamada de "laudo de local", apontava que a morte do dançarino poderia ter ocorrido por conta de uma queda. Na quinta-feira (24), o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, disse em entrevista ao programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo, que essa afirmação foi prematura.
De acordo com o laudo do exame de corpo de delito divulgado posteriormente, uma bala atingiu as costas de DG, perfurou o pulmão dele e saiu pelo braço direito. O delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª DP (Ipanema), que investiga o caso, explicou por que, em um primeiro momento, a perícia declarou que não havia perfuração no corpo do dançarino.
"Foi um comentário que o perito fez no local para os nosso policiais, que não teria encontrado [marca de tiro]. Mas, quando a pessoa está machucada e existem crostas de sangue, é difícil para um perito, que não vai lavar o corpo, identificar um orifício de entrada ou saída. Isso não necessariamente é uma falha da perícia, é uma contingência da situação", apontou o delegado.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) também indica que DG tinha várias escoriações no rosto, tórax, joelhos, cotovelos e punhos. A mãe do dançarino, Maria de Fátima da Silva, acusa policiais de terem espancado Douglas antes de sua morte. Até o momento, porém, o delegado disse que não tem elementos para confirmar essa acusação. "Aquela situação de tortura, espancamento, a gente não consegue afirmar neste primeiro momento", explicou Ribeiro.Depois da divulgação da foto, a Polícia Civil informou que Ribeiro vai conversar com o perito para saber em que circunstâncias o corpo foi encontrado.
G1