Foto: Andrea Lobo
Persistente, o Fórum Sindical dos Servidores Públicos de Mato Grosso segue com exigências ao Governo do Estado para abrir diálogo sobre os pedidos de transparência nos dados públicos quanto aos números que revelam a situação fiscal do Estado.
O coordenador do Fórum Sindical, Oscarlino Alves, garantiu que o servidores tem a solução para resolver a questão fiscal do Estado. “Nós não estamos atirando pedra no Governo. Nós temos uma continha básica, temos soluções! O governo tirou da base de cálculo o nosso Imposto de Renda, ou seja, agora não faz mais parte da despesa. Então, tem que pegar esse dinheiro que se transforma em receita e reestabelecer o Fundo Previdenciário”, sugeriu Oscarlino.
A declaração foi dada na tarde desta terça-feira (4), quando o sindicato, que representa 31 entidades dos servidores estaduais, protocolou o pedido de abertura das Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MT Prev e do "Mensalinho" (relativa ao suposto desvio de verba de R$500 mil na Assembleia Legislativa).
Para Oscarlino, é primordial que seja realizada a investigação para apurar os supostos desvios do Fundo Previdenciário do Estado, e acredita que a investigação só não ocorre por conta de um “efeito cascata” – que atingiria políticos e ex-políticos.
“Se mexer na previdência, todo mundo que tá lá dentro, inclusive ex-governantes, acabam sendo afetados. Acreditamos que pelo 'efeito cascata' de poder mexer com a vida de muita gente no passado é que os atuais estão se furtando a mexer”, disparou o representante do Fórum Sindical .
Transparência
Várias solicitações de informações já foram encaminhadas ao órgãos governamentais exigindo documentos referentes ao fisco do Estado, no entanto, segundo o Fórum Sindical, não há retornos dos pedidos.
Os sindicalistas buscam respostas sobre bens móveis do antigo Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso (Ipemat), o que foi pago do patronal, informações do repasse do fundo, entre outras reivindicações.
“A gente também não sabe e fica refém das informações que não são prestadas e por isso a gente busca mais uma CPI”, disse o coordenador da Central de Sindicalistas Brasileiros (CSB), Antonio Wagner de Oliveira.
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