O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta manhã de sexta-feira (13) que o atual governo manterá o formato de correção do salário mínimo, que prevê a atualização dos valores pela inflação do ano anterior e pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Em 2015 o Congresso Nacional aprovou e o governo sancionou o atual formato de correção até 2019. Nessa fórmula, o salário mínimo, que serve de referência para 48 milhões de pessoas, subirá para R$ 946 a partir de janeiro de 2017.
A projeção para o salário mínimo no ano que vem (2017) consta na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já enviada ao Congresso Nacional. Para 2018 e 2019, respectivamente, o governo estimou que o salário mínimo fosse de R$ 1.002 e de R$ 1.067, levando em consideração o sistema de correção que está em vigor.
Para chegar ao percentual de correção do salário mínimo, soma-se a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, calculado pelo IBGE, e o resultado do PIB de dois anos antes. O objetivo é proporcionar ganhos reais – acima da inflação – aos assalariados, mas somente se o PIB tiver crescimento.
Meirelles também afirmou que o nome do novo presidente do Banco Central deve ser definido neste final de semana e anunciado na segunda-feira (16). Será enviado ao Congresso um projeto para que o cargo perca o status de ministro, mas tenha o foro privilegiado.
Segundo o ministro, em entrevista ao Bom dia Brasil, a prioridade do novo governo será “controlar os gastos públicos”.
Questionado sobre as aposentadorias, Meirelles disse que permanecerão vinculadas ao salário mínimo e que não será alterado nesse primeiro momento, mas não descarta mudanças no futuro.
(Com G1)