As forças conjuntas do Iraque entraram nessa manhã de quinta-feira (23) no aeroporto de Mossul, no norte do Iraque, após violentos confrontos com o Estado Islâmico (EI), segundo as agências Associated Press e France Presse. A conquista do aeroporto é estratégica já que a metade oeste da cidade é o último reduto do grupo terrorista.
As forças de reação rápida da Polícia Federal atacaram o aeroporto, enquanto o Exército se concentrou no quartel de Al Gazalani, um dos mais importantes do EI no sudoeste de Mossul, segundo anunciou o comandante das Operações Conjuntas, general Abdelamir Yarala, de acordo com a Efe.
A coalizão internacional sob comando americano tem um papel central de apoio às forças iraquianas com bombardeios aéreos assessores no local da batalha.
A ação militar no aeroporto marca o início da ofensiva dentro do perímetro urbano da metade oeste de Mossul. O aeroporto está localizado no acesso sul da cidade, perto da margem do Rio Tigre, que divide a cidade em duas metades.
As manobras militares começaram no domingo (19), mas até o momento, os militares tinham se limitado a libertar oito povos nos arredores da cidade e cortar as estradas que unem Mossul com a Síria, onde se encontra Al Raqqa, a capital de seu autoproclamado califado.
O objetivo dos militares na primeira fase da ofensiva era isolar completamente os terroristas e cortar seus suprimentos.
Ao mesmo tempo, a ONU, outras organizações internacionais e o governo iraquiano começaram os preparativos para receber cerca de 245 mil deslocados, que são esperados para fugir da metade ocidental da cidade nos próximos dias.
Não há a confirmação do número de extremistas sunitas no aeroporto, mas fontes americanas citaram a presença de quase 2 mil combatentes entrincheirados na zona oeste de Mossul. Antes do início da ofensiva contra a cidade em 17 de outubro de 2016, estimava-se que entre 5 e 7 mil homens estariam na região, segundo a France Presse. As forças iraquianas "libertaram" há um mês a zona leste de Mossul.
Fonte: G1