A Polícia Civil prendeu 37 pessoas suspeitas de envolvimento com uma facção criminosa atuante em Sinop (500 km de Cuiabá) e demais municípios da região norte do estado. As detenções fazem parte da Operação Codinome Fantasma, deflagrada na última semana, e que resultou na apreensão de drogas e armas de fogo e munições, além do bloqueio de contas bancárias dos suspeitos. Ao todo, foram 94 mandados judiciais cumpridos na força-tarefa.
As investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) apuraram crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, venda ilegal de armas de fogo, entrada de celulares e outros itens ilícitos na penitenciária do município. As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Sinop, Rondonópolis e Cuiabá, além do Estado de Santa Catarina.
Entre os alvos dos mandados estava um policial penal envolvido com a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), em Sinop. A Secretaria de Estado de Justiça, por meio da Corregedoria Geral, acompanhou o cumprimento dos mandados judiciais em relação ao agente carcerário e adotará as medidas cabíveis que o caso requer em relação à conduta do servidor.
O delegado regional de Sinop, Carlos Eduardo Muniz, destacou o trabalho qualificado da investigação que deu continuidade às investigações iniciadas em 2024, desarticulando outros núcleos de operação da organização criminosa.
Codinome Fantasma II
As investigações iniciaram em fevereiro de 2024, após a Polícia Civil em Sinop identificar um esquema de tráfico de drogas que envolvia também a lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas de fogo ligados a uma facção criminosa, sendo identificados integrantes que atuavam em diferentes núcleos.
Além da entrada de celulares e outros objetos no presídio, foi identificado outro núcleo envolvido na lavagem de dinheiro e tráfico de drogas especialmente no bairro Jardim Violeta, em Sinop. O mesmo núcleo também atuava na troca, compra ou venda de armas de fogo ilícitas com o objetivo da prática de outros crimes com violência ou grave ameaça.
O nome da operação faz alusão a criação de pessoas fictícias ou fraudulentas com objetivo da prática de atividades ilícitas, sendo utilizado com frequência a criação de pessoas jurídicas, e no presente caso, a criação de vulgos, apelidos ou codinomes falsos ou fraudulentos com objetivo de praticar atos ilícitos e tentar ludibriar a investigação policial.