A Força Nacional encaminhou uma tropa de soldados nesta quinta-feira (12) para conter uma nova invasão de um grupo de indígenas na Usina Hidrelétrica São Manoel, no Teles Pires, região de Paranaíta (869 km distante de Cuiabá). A obra foi interrompida após índios da etnia Mundukuru protestar contra riscos ambientais e de ameaça a cultura dos mesmos.
A informação é de que a tropa foi enviada ao local para garantir a segurança de operários, técnicos e demais funcionários do local, além da continuidade da obra.
A São Manoel acionou a Justiça através do juiz federal de Sinop (região Norte) Marcel Queiroz, de modo que usina hidrelétrica fica na divida de Mato Grosso com o Pará. São dezenas de oficiais que tomaram o canteiro central e não há previsão de encerrar a missão até que uma nova determinação da Justiça seja anunciada.
Em contrapartida, os indígenas da etnia Mundukuru alegam que a construção estaria contaminando o rio que corta a hidrelétrica após suposto vazamento de óleo. A primeira invasão ocorreu há três meses quando de Kayabis rendeu sete funcionários e os mantiveram reféns.
Com a obra, a usina devera ter capacidade de 700 MW
A usina terá capacidade instalada de 700 MW (megawatts)e está sendo construída desde 2014. A inauguração do local está previsto para o início do ano que vem. A represa de São Manoel tem previsão de inundar 64 km², o volume de água do reservatório é de 577,22 hm³ e a linha de transmissão de 40 km. O empreendimento é feito pela EDP e empresas sócias.