Pacientes e profissionais viveram momentos de tensão no início desta semana no Programa Saúde da Família (PSF) da Lixeira. Apesar de não estar acionado, um ventilador de parede provocou um curto-circuito e se transformou no estopim para um princípio de incêndio. O resultado foi a suspensão dos atendimentos por horas, até que a vistoria do Corpo de Bombeiros comparecesse ao local para emitir um laudo sobre os danos causados.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), Eliana Siqueira, situações como estas são comuns nas unidades da Capital. “Erguem prédios novos enquanto não dão conta de cuidar nem dos antigos. Isto sem falar na falta de profissionais e de condições adequadas para os atendimentos”.
É o caso da Unidade Básica de Saúde (UBS) São Gonçalo, onde o problema não é a falta de médico, mas sim de espaço para atendimento. E foi sem ter um local para trabalhar, que uma médica decidiu filmar a situação vivida por dezenas de pacientes, que aguardavam por horas na fila por consultas, muitos deles em pé. “Os corredores se tornaram sala de espera por vagas. As filas só aumentam. Mas alguns ainda insistem em dizer que melhorou”, finalizou.