As atividades do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, devem começar a ser retomadas a partir desta sexta-feira (10). O acesso ao local estava restrito após o Viaduto da Alemoa ter sido bloqueado, devido ao incêndio que atingiu por nove dias reservatórios da empresa Ultracargo, desde 2 de abril. O anúncio foi feito pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. Os caminhões poderão utilizar uma das faixas do viaduto, após um agendamento coordenado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Barbosa fez o anúncio após uma reunião no Paço Municipal, que contou com a presença do ministro dos Portos, Edinho Araújo, e do vice-governador de São Paulo, Márcio França. “Estão sendo retomadas as atividades na cidade e no Porto de Santos, em parceria com o presidente da Codesp. A entrada dos caminhões será permitida após um agendamento”, afirma o prefeito.
O ministro dos Portos disse que, após a notícia do fim do incêndio nesta sexta-feira, a preocupação se volta para a safra. “Estamos felizes e pudemos constatar que encerramos o incêndio, considerado o maior do Brasil, sem vítimas. Santos é uma cidade importante e a preocupação agora se volta para o trabalho de escoamento da safra. Estaremos unidos na reconstrução e normalidade da cidade e do Porto”, explica.
O prefeito explica que os caminhões que aguardam para entrar no cais santista deverão ser encaminhados à região aos poucos. Assim que o Corpo de Bombeiros finalizar a interdição das pistas de cima, ocorrerá a liberação das faixas, sincronizada com o agendamento. “Há de 12 a 18 mil caminhões em vários pontos, e alguns que não estão nas estradas por conta do incêndio", explica o presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira.
Empresários
O ministro dos Portos e o prefeito de Santos também se reuniram com representantes do Santos Export e do setor portuário nesta sexta-feira. Os empresários falaram sobre os prejuízos causados pelo incêndio e cogitaram a possibilidade de rotas alternativas, para que o Porto não fique parado por conta de eventos extraordinários.
“Buscamos algo que seja conveniente para todos os lados. Em um primeiro momento, era mais importante normalizarmos a situação. Com relação a rotas alternativas, sabemos que é preciso acelerar esse processo. Precisamos reunir a coletividade e prever soluções nesse sentido, para daqui há 10, 15, 20 ou 50 anos. Vocês têm um ministro com plena consciência da necessidade da resolução dos problemas de acesso físico ao Porto”, conclui Edinho Araújo.
“A prefeitura tem projeto pronto e processo licitatório em andamento. Esperamos que essas obras saiam do papel. Esperamos a sensibilidade das autoridades para a tomada de decisão. Essas obras na entrada da cidade são fundamentais. Precisamos reverter o quadro, com todas as esferas de governo. É importante para o Estado, para o Brasil e para o mundo. Pretendo me reunir em breve com a presidente Dilma Roussef para falar sobre o assunto", diz o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Fonte: G1