O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista com a situação fiscal do Brasil, que pode voltar aos patamares da pandemia de covid-19. O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve aumentar de 87,3%, em 2024, para 92% neste ano, projeta o organismo no relatório Monitor Fiscal, publicado na quarta, 23, em paralelo às Reuniões de Primavera do FMI, que acontecem em Washington.
Quando considerado todo o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o fundo vê uma piora de mais de 12 pontos porcentuais, maior do que os 10 pontos porcentuais estimados em outubro, na versão anterior do relatório. Nesse ritmo, a dívida pública do Brasil como proporção do PIB tende a saltar de 83,9%, no fim de 2022, último ano de Jair Bolsonaro (PL) na Presidência, para 96% em 2026.
Trata-se do patamar de endividamento mais elevado desde 2020.