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‘Flopou’ e ‘fracasso’: governistas ironizam ato de Bolsonaro na Paulista

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizaram nas redes sociais o ato esvaziado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista. Com o público estimado de 12,4 mil pessoas, segundo projeto ligado à Universidade de São Paulo (USP), a passeata contou com a menor adesão desde o fim do mandato do ex-presidente.

O ministro Paulo Teixeira, da pasta de Desenvolvimento Agrário, ironizou uma fala de Bolsonaro durante o interrogatório ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Apenas 12 mil ‘malucos’ comparecem à avenida paulista para se despedir do futuro presidiário”, disse o ministro. “Afinal, os demais não quiseram assumir a condição de ‘malucos’ como o próprio inelegível os definiu”. Em 10 de junho, Bolsonaro chamou os manifestantes que clamavam por intervenção militar em frente aos quartéis de “malucos”.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) chamou o ato de “fracasso retumbante”. “O evento mais pareceu um último suspiro de um bolsonarismo em apuros, com ataques vazios, plateia minguante e aliados em debandada”, disse a parlamentar em publicação no X (antigo Twitter).

“Parece que ‘flopou’ de novo, né?”, ironizou o presidente interno do PT, o senador Humberto Costa (PE). Nas redes sociais, o termo “flop” é sinônimo de performance abaixo das expectativas.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), compartilhou uma imagem aérea do ato com o público disperso e afirmou que a fotografia mostra “o bolsonarismo passando vergonha mais uma vez”.

Para o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), “passou vergonha”, além de Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O aliado do ex-presidente esteve presente no ato e, em discurso, pediu por “anistia e pacificação”. A fala do governador contou com críticas ao PT e sugeriu apoio à candidatura de Jair Bolsonaro em 2026, ainda que o ex-presidente esteja inelegível.

Embora não tenha admitido a baixa adesão ao ato, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), citou “futebol” e “fim de mês” como fatores a serem considerados na presença do público da manifestação.

“Pode ter futebol, pode ser fim de mês, pode ser tudo. Eu desafio a esquerda brasileira a colocar 10% da quantidade de gente que tem aqui hoje”, afirmou o deputado em entrevista a jornalistas. Neste domingo, 29, o Flamengo jogou com o Bayern de Munique pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes em horário coincidente ao ato na Paulista.

Estadão Conteudo

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