O Instituto Flauta Mágica apresenta nos dias 24 e 25 de setembro o show musical “A Arte de Mudar Vidas”, em comemoração aos 18 anos do projeto, voltado à educação de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Em todos esses anos, o projeto Flauta Mágica já possibilitou a mudança de vida a mais de 4 mil alunos que passaram pela instituição. O show acontece às 20 horas, no Cine Teatro Cuiabá, na Capital.
Para o coordenador do Flauta Mágica, maestro Gilberto Mendes, produtor musical do espetáculo, o show pode ser considerado como uma noite no Museu da Música, por trazer uma coletânea de obras populares desde a década de 1930 até os anos 1990. “O objetivo é levar crianças e jovens a visitar musicalmente uma época em que as músicas eram feitas para durar, num tempo em que havia um ritual de preparação para se ouvir música, desde a seleção dos discos, a limpeza dos bolachões, ao rito de ligar o equipamento de som”, lembra.
O maestro vai além e explica que experimentar conteúdos de épocas passadas torna-se uma excelente experiência para a formação de algum senso crítico em uma geração que tenta sobreviver à mesmice da imensa maioria das músicas segmentadas e feitas propositalmente para consumo rápido. “Hoje o que temos são músicas sem letras que tragam algum conteúdo que possa nutrir a reflexão e, por isso mesmo, rapidamente substituídas por outros sucessos relâmpagos”, completa.
Assim, durante o show, a diversidade de estilos será intencional e não se prenderá a uma cronologia crescente. Vai do samba de Ari Barroso à balada dolente Tears in Heaven, de Eric Clapton, passando pelo baião estilizado de Domingo no Parque, ao reggae também estilizado de Esotérico, à bossa nova de Tom Jobim, ao lado do rock clássico de Pink Floyd, a indefectível música mineira de Milton Nascimento e Túlio Mourão, e o reverenciado som eterno dos Beatles.
“Tudo isso para mostrar às crianças e jovens de hoje a riqueza que existe dentro da imensa diversidade da música popular, despertando-as para conteúdos que vão muito além dos pancadões massificados e dos sertanejos onde imperam as expressões idiomáticas sem sentido expresso em dicionários”, concluiu Gilberto Mendes.
Ingressos
Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.ingressosmt.com.br ou pelo telefone (65) 3641-6038 pelo custo de R$ 30,00.
Confira o Programa:
01 – Domingo no Parque (Gilberto Gil) – 1968
02 – Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – 1963
03 – Sapato Velho (Mú, Claudio Nucci e Paulinho Tapajós) – 1981
04 – Teu Olhar (Hay Kay) – 1992
05 – Teia de renda (Milton Nascimento e Túlio Mourão) – 1982
06 – Esotérico (Gilberto Gil) – 1985
07 – Wave (Tom Jobin) – 1967
08 – Something (Georg Harisson) – 1969
09 – Let it be (Paul McCarthey) – 1970
10 – Tears in heaven (Eric Clapton e Will Jennings ) – 1992
11 – Listen to the music (Tom Johnston) – 1972
12 – Another brick in the wall (Roger Waters) – 1979
13 – Aquarela do Brasil (Ari Barroso) – 1939
Flauta Mágica
Com 18 anos de fundação, o Instituto Flauta Mágica é uma organização sem fins lucrativos que ensina balé, canto e flauta doce na periferia de Cuiabá. Com tecnologia social própria, desenvolve um programa de educação musical e dança voltado para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Durante as atividades, crianças e jovens vivenciam ricas experiências de socialização para sua formação pessoal, quer seja no palco de importantes salas nos grandes centros culturais de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, ou da Europa, nas Igrejas de Brive-la-Gaillard, Meyssac, Turene, Dampiniat e Vernassal (França), St. Brictius Kirche, Centro Cultural Olimpiadorf (Billerbeck, Munique/Alemanha), Haus der Music, Mozart Haus, Conservatório Haydn e Weltmuseum (Eisenstadt, Salzburg e Viena /Áustria).
A interpretação de obras de grandes compositores eruditos e populares por crianças e jovens de origem tão humilde somada a uma profunda transformação social das comunidades onde estão inseridos rendeu ao Flauta Mágica o reconhecimento da UNESCO e de outros organismos internacionais, bem como o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação outorgado pelo Congresso Nacional no ano de 2005.