Chás, cápsulas e plantas in natura podem ajudar no combate a diversos sintomas, como por exemplo o açafrão é uma raiz pertencente à família do gengibre que funciona como um ótimo tempero. Além disso, seus componentes são excelentes antioxidantes, que ajudam a proteger contra artrite e outras doenças. Parceira ideal de uma maçã picada ou de um café passado, a canela contém princípios ativos que melhoram a circulação sanguínea.
Já o famoso chá de camomila, conhecido pelo efeito calmante, também atua aliviando as cólicas intestinais. O uso das plantas para tratar e prevenir problemas de saúde é uma prática milenar e há muito reconhecida pela ciência. No Brasil, os fitoterápicos são produtos obtidos exclusivamente pelas matérias-primas ativas vegetais e são classificados como medicamentos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde que sejam aprovados em testes laboratoriais e em pesquisas com seres humanos.
Com tantos benefícios para a saúde, os fitoterápicos são usados como tratamento complementar em diversas áreas. Uma das especialidades que têm se destacado nesse sentido é a nutrição. Atualmente, a quantidade de publicações sobre as ações terapêuticas das plantas tem crescido muito, assim como o interesse nesses produtos por parte da nutrição. Dentre as mais recentes pesquisas que mostram essa aproximação das duas áreas está um estudo realizado na Índia e publicado na revista Journal of Breast Cancer.
O trabalho aponta que o consumo de curcumina, substância presente no açafrão, contribui para induzir células de câncer de mama à morte. À medida que a química foi se aprimorando, os pesquisadores começaram a isolar das plantas os princípios ativos responsáveis pela ação medicinal. Desenvolveram, então, medicamentos e produtos nos mais variados formatos — cápsulas, xaropes, pílulas à base dessas substâncias.
Saber orientar o paciente sobre uma alimentação equilibrada, recomendando incluir nas refeições elementos como o alho ou temperos, que têm potencial fitoterápico, é muito importante para otimizar os resultados de um tratamento. Ainda que seja benéfica na maioria dos casos, é fundamental que a prescrição desses produtos seja feita por um profissional qualificado, a indicação de fitoterápicos, assim como de qualquer dieta, deve ser feita a partir de uma avaliação criteriosa do indivíduo, das suas necessidades, do seu histórico de vida e da sua carga genética; não dá para dizer que todo fitoterápico é bom para todo mundo.
É preciso saber de que forma ele vai agir, por quanto tempo e até que ponto pode beneficiar. Muitos desses produtos interagem com os nutrientes do corpo, com os medicamentos que tomamos e, por isso, qualquer prescrição deve ser avaliada com muito cuidado.