O governo finlandês está estudando implementar um programa de renda mínima, valor que seria pago a todos os cidadãos, independentemente de sua condição social, de terem trabalho ou estarem desempregados. O valor desse benefício, porém, ainda não foi discutido.
Em teoria, a renda mínima é uma quantia mensal paga a todos, que deve cobrir as necessidades básicas, de acordo com o jornal "Helsinki Times". Assim, outras formas de benefícios sociais não seriam necessárias, como seguro-desemprego, bolsas estudantis, abonos, auxílio-habitação, pagamentos por invalidez ou pensões.
Essa mudança também aumentaria a eficiência do governo, até diminuindo gastos, porque atualmente milhares de servidores administram um sistema complicado de benefícios. Com a renda mínima, o número de funcionários cairia muito, de acordo com o "Helsinki Times", por exigir menos controles.
Segundo o site da BBC, o primeiro-ministro finlandês, Juha Sipila, expressou apoio a um experimento limitado de renda mínima, em que os participantes seriam selecionados em diversas áreas residenciais. "Para mim, uma renda mínima significa simplificar o sistema de segurança social", disse Sipila.
Utrecht vai testar renda mínima
A cidade de Utrecht, na Holanda, vai começar a testar a renda mínima em janeiro de 2016, de acordo com o jornal britânico "The Guardian".
Segundo o site "Dutch News", o experimento está focado em pessoas que já recebem algum tipo de benefício, divididas em três grupos. Um continua sob o sistema atual, com um adicional para moradia e seguro saúde. O segundo ganha benefícios em um sistema de incentivos e premiações. O terceiro recebe um valor fixo, sem extras.
Uma das perguntas que os experimentos esperam responder é: as pessoas deixariam de trabalhar, se recebessem a renda mínima?
No Brasil, a implantação da renda mínima é uma das bandeiras do ex-senador e secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT).
Fonte: UOL