O regulamento para aqueles que comprarem entradas do Mundial proíbe que essas sejam usadas em sorteios e outros tipos de negociação, também vetados pela lei da competição. O descumprimento pode levar a processos judiciais ou a nulidade do bilhete.
Alunos do Colégio São Luis, no bairro Cerqueira César, decidiram usar um pacote de quatro bilhetes de jogos de São Paulo como prêmio para levantar dinheiro para a festa de formatura. Foi enviada uma notificação extrajudicial da Fifa ao colégio sobre o assunto. E foi preciso cancelar o sorteio.
O texto da federação internacional ao colégio informava sobre a proibição e pedia que fosse relatada a fonte dos supostos ingressos, visto que a entidade ainda não determinara os vencedores de bilhetes.
“Os alunos que estavam programando a rifa não sabiam da proibição, mas as rifas não tinham sido vendidas. Os alunos desistiram da ideia e está tudo resolvido”, afirmou a assessoria do colégio.
“Baseado na nossa experiência, nós temos consciência de que algumas pessoas podem violar a lei e as políticas proibindo sorteios não-autorizados, sem que saibam que estão fazendo algo errado. Nós acreditamos que é o caso da escola”, informou a Fifa.
O procedimento padrão da federação internacional é, como primeiro passo, fazer um largo monitoramento pela internet de possíveis irregularidades no uso de ingressos. Isso é feito pelo departamento legal da Fifa. Parceiros também ajudam e informam sobre possíveis problemas.
Identificada uma burla à lei e à regra, a federação manda uma carta ou notificação para a parte envolvida em que pede que seja interrompida a promoção de escola ou rádio. Em geral, há uma conciliação.
Se isso não acontecer, será iniciado um processo legal. Além disso, a Fifa anulará a validade do bilhete da Copa que está sendo sorteado.
Além de ingressos, a Fifa também monitora o uso de sua marca por meio de extenso sistema de monitoramento. Há produtos no porto de Manaus e de Santos, piratas, que a federação pretende ver destruídos em breve.
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