O deputado federal, Victorio Galli (PSC), defendeu a permanência do presidente da república, Michel Temer (PMDB), mesmo após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter protocolado denúncia por corrupção passiva no caso JBS ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente.
Galli, que faz parte da base de sustentação de Temer na Câmara dos Deputados, diz que caso o presidente deixe a função – por impeachment, desistência ou afastamento – a situação do País pode piorar.
“Eu estou lá para defender o Brasil, a governabilidade no Brasil. No meu entendimento, no momento, ficar sem o Michel vai ser pior. A sangria vai aumentar a desconfiabilidade, o desemprego vai aumentar de novo, a economia já estava sendo estruturada”, avalia.
Temer é o primeiro presidente que, ainda no mandato, é acusado de um crime comum. Caso haja o processo de impedimento da legislatura, o deputado mato-grossense afirma que ficará inviável para o País. De acordo com Galli, seriam duas eleições em 2018.
“A principio, eu defendo que termine o mandato, porque se vier a situação do impeachment não é de um dia para outro. Se o País fosse parlamentarista, resolveria de um dia para o outro. Então, temos que seguir o que a constituição reza para acontecer e se acontecer o impeachment só vai acontecer ano que vem, e ano que vem já tem eleição. Será duas eleições em um ano só? Isso vai ser pior para o Brasil”, pontua.
Após a denÚncia de Janot, Temer se explicou em declaração a imprensa alegando sua inocência na tarde desta terça-feira (27). Galli era um dos que permaneceu imóvel ao lado do presidente enquanto ele se defendia.
Para que a denÚncia seja analisada pelo Supremo, 342 deputados federais – o equivalente a dois terços – deve votar favoráveis na Câmara.
“O que a gente vê de fato nesse sentido é que a oposição ficou sem a ‘teta’, e eles querem a todo custo inventar. A gente vê tantas acusações ao governo. Vamos esperar como ficarão a verdade dos fatos”, defende.
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