O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,6 ponto na passagem de novembro para dezembro, a 78,3 pontos, informou nesta segunda-feira, 6, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do menor nível para o indicador desde janeiro de 2024, quando esteve em 78,2 pontos.
Na média móvel trimestral, o IAEmp cedeu 1,1 ponto, no segundo recuo consecutivo, segundo a FGV.
“O IAEmp volta a cair em dezembro, mas encerra o ano em patamar ligeiramente superior ao de 2023. A melhora apresentada pelo indicador perdeu força nos últimos dois meses e indica sinais de desaceleração para o mercado de trabalho. A piora no ambiente macroeconômico tende a gerar cautela por parte dos empresários e, consequentemente, diminuir o ímpeto de contratações”, diz em nota o economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.
“O cenário ainda não permite indicar tendência desfavorável para 2025, mas deve ser observado um ritmo mais fraco da recuperação do indicador ao longo desse ano”, continua o especialista.
Baixa em 4 de 7 componentes
Esse recuo do IAEmp em dezembro foi resultado da piora de 4 dos 7 componentes do indicador. As principais contribuições negativas foram do indicador do Emprego Local Futuro do Consumidor, com -1,2 ponto, e do indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria, com -0,6 ponto.
Em sentidos opostos, os indicadores Emprego Previsto e Tendência dos Negócios da Indústria, e o indicador Emprego Previsto de Serviços contribuíram positivamente com 0,2 ponto cada um, respectivamente.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante – quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.