Em um Eid normal, as ruas de Gaza estariam cheias de crianças em suas roupas novas e recebendo doces de adultos. Fogos de artifício comemorativos estourariam no ar. Mas nesta segunda as vias estavam relativamente vazias e os nervos, acirrados.No maior hospital de Gaza, um grupo de jovens distribuiu doces para crianças feridas.
Como uma mãe se sente ao abrir seus olhos neste dia de Eid e não ver seu filho perto dela?, disse Abir Shammaly, cujo filho foi morto durante bombardeiro de Israel no distrito de Shejaia na semana passada.Em vez de celebrar com os vivos, Shammaly sentou-se perto da recém-cavada cova do filho, acompanhando muitos outros moradores de Gaza que mostravam seu respeito às mais de mil pessoas mortas no confronto, muitas delas civis. Sua filha a acompanhava e, silenciosamente, colocou flores rosas e brancas no monte de terra.
O mundo está nos vendo, mas não nos sente. Por que eles desperdiçam as vidas de palestinos? Por que fazem isso conosco?, disse Shammaly, que também perdeu sua casa no bombardeio de Shejaia, área que, segundo Israel, é o bastião do Hamas.Após três semanas de combates, muitas armas foram colocadas de lado nesta segunda-feira, com o Hamas anunciando uma trégua de 24 horas para coincidir com o Eid. Israel disse que atiraria apenas se sofresse ataques.
O Estado judaico lançou sua ofensiva contra Gaza em 8 de julho com o objetivo de deter os disparos de foguetes feitos por militantes palestinos e de destruir uma rede secreta de túneis construída pelo Hamas nas áreas de fronteira.O Hamas exige o fim de um longo bloqueio egípcio-israelense a Gaza, que trouxe dificuldades econômicas para o território de 1,8 milhão de habitantes, para interromper o lançamento de foguetes contra Israel.Ao todo, 43 soldados israelenses foram mortos na luta e três civis também perderam a vida por conta dos foguetes palestinos.
G1